2016

Partidos nanicos articulam frentinha para eleger vereadores

A ideia é somar força com vistas a obter o chamado quociente eleitoral, que os permitiria eleger vereadores

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01 de Julho de 2015, 13h32

Partidos nanicos articulam frentinha para eleger vereadores
Partidos nanicos articulam frentinha para eleger vereadores

De olho em eleger vereadores nas eleições do ano que vem, as direções dos partidos políticos PSL, PCdoB, PPL, PRTB e PTC, têm se reunido pelo menos uma vez ao mês, desde o início desse ano, para costurar um bloco ou uma frente de partidos, visando ter mais chances no pleito municipal. A ideia dos dirigentes dos partidos, todos de pouca densidade eleitoral, conhecidos no meio político como 'nanicos', é somar força com vistas a obter o chamado quociente eleitoral, que os permitiria eleger vereadores, tarefa impossível para cada legenda individualmente.

De acordo com Valdemir Castilho, o Biliu, do PSL, a união de forças dos pequenos partidos é o melhor caminho para que as legendas tenham chance de eleger algum vereador, como já ocorreu na eleição de 2012, quando os pequenos partidos ajudaram a eleger o vereador Marcelo Marques, à época no PRB e agora no PROS. "O nosso raciocínio é que, como partidos pequenos, temos que buscar uma união entre as siglas com o mesmo perfil, para chegarmos mais forte nas eleições e termos alguma chance de eleger vereadores. Dessa vez, nós queremos ampliar a representatividade de partidos no nosso grupo para elegermos pelo menos dois vereadores", declarou.

Denominada 'Frente Unidos Por Rondonópolis 2016', o grupo trabalha para ampliar o número de legendas e escolher em grupo um candidato a prefeito, assunto que será tema de uma próxima reunião das lideranças. "Na próxima reunião nossa, sem citar nomes, nós já teremos a participação de mais dois novos partidos e vamos começar a discutir a questão da majoritária, de um projeto para prefeito. Não temos nenhum nome já em mente, pois para nós o mais importante é o nos mantermos unidos e entrarmos dessa forma na eleição", emendou.

Ainda segundo Biliu, os vereadores eleitos pela frente terão o compromisso de se afastarem do cargo para dar vez de seus suplentes assumirem o mesmo, o famoso 'rodízio'. "O que nós queremos é repetir com mais sucesso o que já fizemos em 2012, e por isso não buscamos estrelas, até para não ficar uma disputa desigual internamente. Achamos, principalmente no nosso caso, que fazer o rodízio no mandato é importante, para contemplar os suplentes, que ajudaram a eleger o titular do mandato", concluiu.

Ainda que negue a existência de 'estrelas' no grupo, os destaques do mesmo são os suplentes Gilberto Lima dos Santos, o Beto do Amendoim (PSL), que obteve 1.169 votos em 2012, e o professor da UFMT, Sílvio Negri (PCdoB), que obteve 589 votos na mesma eleição.