4 meses após prisão

Material genético de suspeito de estupros em Rondonópolis será periciado nas próximas semanas

Segundo a delegada, mais de sete vítimas reconheceram o suspeito como autor dos estupros. Ele continua preso na Mata Grande em Rondonópolis

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13 de Julho de 2016, 07h07

Material genético de suspeito de estupros em Rondonópolis será periciado nas próximas semanas
Material genético de suspeito de estupros em Rondonópolis será periciado nas próximas semanas

Quatro meses após a prisão, o suspeito de ter cometido vários estupros em Rondonópolis terá seu material genético (esperma) confrontado com o material coletado nas vítimas e em alguns objetos como travesseiro e lençol, deixado após o ato criminoso. O resultado dos exames deve ser divulgado em 60 dias.

Delegada Lígia da Silveira fala sobre o andamento do processo envolvendo casos de estupros em Rondonópolis.  Foto: Luan Dourado/GazetaMTAs informações foram repassadas ao site GazetaMT pela delegada Lígia Pinto da Silveira Avelar, titular da Delegacia Especializada de Defesa da Mulher em Rondonópolis. O homem identificado por Rodrigo da Silva Carvalho, 32 anos, teve a prisão decretada no dia 11 de março, e o mesmo continua preso na Penitenciária da Mata Grande.

Ainda conforme a delegada na época o suspeito foi reconhecido por mais de sete vítimas.  No entanto, foi não possível à realização do exame de DNA devido a falta do produto reagente na Perícia Oficial de Identificação Técnica (Politec). O ofício comunicando a delegada que o produto já está disponível, chegou esta semana na sede da Delegacia da Mulher.

Entenda o caso

De acordo com informações, o primeiro Boletim de Ocorrência relacionado a estupro, envolvendo o acusado, foi registrado na Delegacia da Mulher em agosto de 2015. Logo depois, os casos aumentaram e chegaram a quase 17 estupros registrados em Rondonópolis, após outras vítimas comparecerem a delegacia.

O suspeito, Rodrigo da Silva Carvalho, já foi denunciado por um dos crimes onde o mesmo teria usado uma ama de fogo para amedrontar uma vítima, apontando o objeto para a cabeça de um bebê e lhe causando ferimentos.

Processo de Investigação

Lígia da Silveira explica que começou o trabalho de investigação por detentos que haviam deixado o presídio da Mata Grande e estavam em liberdade condicional. O nome do suspeito Rodrigo da Silva Carvalho aparecia na lista.  Ele foi localizado em um posto de combustível, onde trabalhava como frentista.  

"Começamos o processo de investigação e chegamos até o suspeito Rodrigo. Com os depoimentos das vítimas começamos a traçar o perfil do estuprador. Normalmente os estupros aconteciam nos dias de folga do trabalho do suspeito entre 13h30 e 16h, quando ele deixava sua esposa no trabalho e ficava livre para cometer os crimes. Tais dados foram coletados e conforme a folha de ponto, as datas dos estupros coincidem perfeitamente", afirmou a delegada.

A princípio, Rodrigo havia sido preso por receptação após ter sido detido com o aparelho celular de uma das vítimas. Logo após o reconhecimento foi solicitada a prisão temporária dele.

Passagem

Rodrigo da Silva Carvalho é reeducando da penitenciária Mata Grande e cumpria pena pela condenação de 9 anos e 6 meses por estupro de vulnerável, quando em 2011, violentou uma garota de 11 anos. Ele estava no regime semiaberto desde 2014.