ACUSADA DE CAIXA 2

TRE determina cassação de Selma e a realização de nova eleição

As decisões foram tomadas durante julgamento realizado na tarde desta quarta-feira (10).

por Cuiabá, MT - Daffiny Delgado

11 de Abril de 2019, 06h00

TRE determina cassação de Selma e a realização de nova eleição
TRE determina cassação de Selma e a realização de nova eleição

O Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso (TRE) determinou por unanimidade, a cassação da senadora Selma Arruda (PSL) em julgamento realizado nesta quarta-feira (10). A senadora e um de seus suplentes, Gilberto Possamai (PSL) foram declarados inelegíveis por 8 anos.

A decisão foi tomada pelos sete magistrados da Corte Eleitoral, que também entenderam a necessidade de se realizar uma nova eleição para a vaga, no Estado. A defesa ainda poderá recorrer.

O relator do processo, desembargador Pedro Sakamoto, acatou os argumentos da acusação, que apontaram abuso do poder econômico e caixa 2 durante a campanha eleitoral de 2018.

Em seu voto, Sakamoto entendeu que Selma gastou e não declarou à Justiça Eleitoral o montante de R$ 1,232 milhão. Não houve qualquer registro desse gasto na contabilidade oficial de campanha, segundo ele.

O montante omitido pela senadora corresponde a 72% das despesas feitas pela parlamentar durante a campanha. "Saiu em larga vantagem em relação aos outros candidatos, ferindo o princípio da isonomia", declarou o relator.

Durante o julgamento, chegou a ser levantada a hipótese de o terceiro colocado na eleição, Carlos Fávaro (PSD), que ocupasse a vaga de Selma temporariamente, até que a nova eleição fosse realizada. Mas, a opção não foi aceita pelos juízes.

Por meio de nota, Selma disse estar tranquila com a decisão tomada pelo TRE, mas afirmou que irá recorrer da decisão.

"A tranquilidade que tenho é com a consciência dos meus atos, a retidão que tive em toda a minha vida e que não seria diferente na minha campanha e trajetória política". Disse ainda que respeita a Justiça e vai recorrer às instâncias superiores, para "provar a minha boa fé e garantir que os 678.542 votos que recebi da população mato-grossense sejam respeitados", declarou.