Aedes aegypti

Governo coopera com Várzea Grande no enfrentamento à chikungunya

Em Cuiabá, foram 317 notificações da chikungunya contra 254 na semana anterior

por GazetaMT

04 de Março de 2018, 07h00

Governo coopera com Várzea Grande no enfrentamento à chikungunya
Governo coopera com Várzea Grande no enfrentamento à chikungunya

O Governo do Estado, por meio da Superintendência de Vigilância em Saúde, está apoiando as ações em Várzea Grande no combate à febre chikungunya, atualmente município com maior registro de casos doença em Mato Grosso. Foram notificados 5.066 casos suspeitos de chikungunya no Estado, dos quais 4.523 notificações são do município, conforme o Informe Epidemiológico nº 4. 

A coordenadora da Vigilância em Saúde Ambiental, Ludmila Souza, informa que a Secretaria de Estado de Saúde (SES/MT), inicialmente, orientou a Secretaria Municipal de Saúde de Várzea Grande para ações de controle do vetor, de forma a implementar uma política baseada na intersetorialidade, envolvendo e responsabilizando os gestores e a sociedade.

Tal entendimento reforça o fundamento de que o controle vetorial é uma ação complexa e de responsabilidade coletiva e que não se restringe apenas ao setor saúde e seus profissionais. Destaca a limpeza de quintais, irregularidades no abastecimento de água, destinação imprópria de resíduos, inadequadas condições de habitação, dentre outros fatores.

 "A intensificação das ações pelo método de controle químico tem por objetivo quebrar a cadeia de transmissão. A chuva tem prejudicado a execução da ação de controle químico, por isso que precisamos ainda mais do apoio da população no sentido de manter os quintais limpos", observa a coordenadora, lembrando que é responsabilidade da população retirar os recipientes que acumulam água em seu espaço de convivência e destiná-los em local adequado. "O manejo integrado deve ser permanente e continuado", completa.

A SES também ofertou dois técnicos do nível central e quatro técnicos do Escrito Regional de Saúde da Baixada Cuiabana, veículos com bombas de UBV, uma VAN, 03 caminhonetes, bombas de nebulização, insumos (inseticidas e larvicidas) para apoiar as ações de combate ao vetor, além de treinamento desse pessoal.

Aumento nas notificações 

A coordenadora ressalta que os casos registrados em Várzea Grande têm sido responsáveis pelo aumento das notificações em Mato Grosso. Somente na última semana os casos subiram 27% em relação à semana anterior, e quando comparados ao mesmo período do ano passado, o aumento foi de 85%.

Em Cuiabá, foram 317 notificações da chikungunya contra 254 na semana anterior.  Porém, se comparado a 2018, quando foram notificados 835 casos, há uma redução de 163%. Sinop registrou 1 caso e não houve nenhuma notificação em Rondonópolis.

Quanto aos casos de dengue, houve um aumento quando comparado a semana anterior com a atual, de 1.584 para 2.060 no estado, sendo que a maior elevação também ocorreu no município de Várzea Grande (de 722 para 802). No entanto, as notificações de dengue continuam em queda em 2018 se comparado com 2017. No ano passado foram 12.024 contra 2.060 este ano, dos quais 802 apenas em Várzea Grande.

O vírus da zika, segundo o Informe Epidemiológico nº 4, teve 114 casos notificados no Estado na semana passada, sendo 62 em Várzea Grande, 21 em Cuiabá e nenhum caso em Rondonópolis e Sinop.

Precauções

A coordenadora de Vigilância Epidemiológica do Estado, Alessandra Moraes, explica que todos os anos há umc crescimento nos casos no período chuvoso, porque também ocorre um aumento do número de criadouros do mosquito Aedes aegypti.

"Com isso, ocorre a necessidade de atenção e de cuidados com essas doenças transmitidas por este vetor. A mobilização e comunicação é um processo potencializador e descentralizador de ações, muito importante para estimular a participação social na identificação dos problemas de saúde pública nos bairros, bem como a circulação de informações e conhecimentos em saúde", observa.

Alessandra Moraes pontua, ainda, que o desenvolvimento dessas ações auxilia o exercício do controle social sobre os serviços da rede SUS (Sistema Único de Saúde). "Isto porque possibilitam a tomada de decisões, contribuindo para melhoria da qualidade de vida da população".

A Vigilância Epidemiológica recomenda que, em caso de suspeita de uma das doenças, que a população procure a unidade básica de saúde de seu município para tratamento adequado e para a notificação epidemiológica.

"Essa notificação é importante, pois é por meio desses dados que cada município planeja a sua política de ações voltadas ao combate do mosquito transmissor dessas doenças", reforça Alessandra.