aférese

MT Hemocentro promove campanha sobre a doação de componentes do sangue

O doador por aférese precisa, primeiro, ter feito pelo menos uma doação de sangue nos últimos dozes meses

por GazetaMT

20 de Agosto de 2017, 07h00

MT Hemocentro promove campanha sobre a doação de componentes do sangue
MT Hemocentro promove campanha sobre a doação de componentes do sangue

A palavra aférese, que significa retirar ou separar, é mais conhecida entre os profissionais da saúde e entre um grupo ainda pequeno de pessoas que, voluntariamente, dedica um tempo do seu dia a dia para salvar vidas.

Esse método é utilizado para realizar a separação dos diversos componente do sangue, como glóbulos, plaquetas e plasma, e o sangue que foi doado é devolvido ao doador no mesmo momento em que é feita a doação, após essa separação do componente que o paciente vai precisar para o seu tratamento.

Como é o caso de João Luiz Gomes da Silva, 44 anos, vigilante armado de empresa privada, que tem uma doença chamada neuromielite ótica, que afeta a visão e causa cegueira. João foi internado no Pronto-Socorro de Cuiabá no dia 11 de agosto para tratar da doença, pois estava sem enxergar do olho direito.

"Eu percebi a perda da visão do olho direito há cinco meses e, neste mês de agosto, tive o diagnóstico da doença. Até uma semana estava enxergando apenas pelo olho esquerdo, o direito era escuridão total. Após receber duas sessões de plasma em dois dias seguidos, já vejo um clarão e estou muito esperançoso de voltar a enxergar completamente", relata João da Silva.

As sessões de troca de plasma que João precisa são realizadas pelo MT Hemocentro, referência estadual em captação de doação e transfusão de sangue, inclusive doação de componentes do sangue pelo método aférese.

"A troca de plasma ou de outro componente do sangue consiste na substituição do plasma doente pelo plasma sadio, que foi doado. É um método chamado de aférese terapêutica, utilizado para remover componente doente do sangue. É esse procedimento que é feito no caso do paciente João, que vai passar por seis sessões de transfusão, duas delas já realizadas em menos de uma semana após o diagnóstico. Cada sessão custa R$ 400,00 pelo Sistema Único de Saúde (SUS), totalizando R$ 2,4 mil. O mesmo tratamento, se for feito em unidade particular, custa R$ 10 mil. Pelo SUS, o paciente não precisará pagar pelo tratamento", explicou a gerente de doação de sangue do MT Hemocentro, Juliana Silva.

O tratamento de João e de outras pessoas que sofrem de doenças como neuromielite ótica, leucemia, câncer, anemia aplástica ou quem passou por cirurgia cardíaca ou por transplante, entre outras doenças, ocorre graças à doação de centenas de anônimos cadastrados no MT Hemocentro, em Cuiabá. Nos últimos dois anos, foram cadastrados cerca de 850 doadores por aférese, mas esse cadastro não está atualizado, o que significa que muitos podem ter mudado de endereço ou de telefone, sem ter comunicado o MT Hemocentro.