ALMT

Janaina atribui votação à liderança de oposição e prova do desejo por nova política

Candidata foi a primeira mulher a receber a maior votação ao parlamento estadual

por GazetaMT

10 de Outubro de 2018, 14h11

Janaina atribui votação à liderança de oposição e prova do desejo por nova política
Janaina atribui votação à liderança de oposição e prova do desejo por nova política

Na primeira sessão plenária após as eleições que renovaram 58% da Assembleia Legislativa, realizada na noite desta terça-feira (09), a deputada estadual reeleita Janaina Riva (MDB), usou a tribuna para parabenizar os novos deputados eleitos, externar respeito aos companheiros que não conseguiram se reeleger e disse que o resultado das urnas comprova que aquele que não se adequar à uma nova forma de política, será expurgado da vida pública.

"Por várias vezes tentei alertar os meus colegas parlamentares sobre o perigo de fazer parte da base de um governo que excluiu grande parte da sociedade, um governo de exclusão e antidemocrático, ditador, centralizador e desrespeitoso com as pessoas. Imagine só, um governador que assim que assume o mandato, tenta barrar uma das maiores heranças que a Assembleia Legislativa deixa aos municípios de Mato Grosso, que é a destinação de  parte do Fundo Estadual de Transporte e Habitação (Fethab), que para a maior parte das cidades é a redenção para os problemas das estradas", disse.

Janaina agradeceu os 51.546 mil votos recebidos e disse acreditar que parte dessa vitória que à fez entrar para a história de Mato Grosso como a primeira mulher a receber a maior votação ao parlamento estadual, deva aos servidores públicos estaduais e curiosamente ao governador Pedro Taques, rejeitado por mais de 50% da população. Ela explicou que como líder da oposição, acabou ganhando a simpatia desses mato-grossenses que, assim como ela, não aceitaram a forma ditadora, desrespeitosa e arrogante do governador Pedro Taques governar.

"A bandeira dos servidores públicos foi uma defesa muito importante para que eu pudesse ser reconhecida nos 141 municípios do estado e desta vez, nestas eleições, eu fui votada em todos os municípios de Mato Grosso. Tenho que reconhecer uma parcela desta minha vitória ao governador Pedro Taques, à falta de habilidade dele, à falta de diálogo, à alta rejeição dele de mais de 50% dos mato-grossenses, à falta de humildade, que formou um governo de exclusão, antidemocrático, ditador, centralizador e desrespeitoso.  Ao longo desses 4 anos, Taques me tratou como inimiga, mas tudo que eu fiz, cada fala e crítica feita foi para contribuir e apontar o que estava errado nesta gestão, uma espécie de consultoria grátis com alternativas de como solucionar os problemas que Mato Grosso tinha, e que ele acabou levando para o lado pessoal. Diferente do que o governador Pedro Taques fez ao longo desses 4 anos, a partir de 2 de fevereiro que é quando ele deixa o governo do estado, eu não mais ficarei olhando para o retrovisor. Nós temos que olhar Mato Grosso para frente, para o futuro do nosso estado, um estado que abandou o cidadão mato-grossense, e aqui quero renovar o meu compromisso com meu estado, de continuar lutando de forma independente para que Mato Grosso cresça. Para que Mato Grosso seja realmente um estado rico, mas que seja rico para todos", externou.

Janaina avalia que ser líder da oposição ao governo Pedro Taques fez toda a diferença na carreira política dela e fez com que ela crescesse e evoluísse muito. "É apanhando como eu apanhei que a gente aprende como lidar com as diversidades, com as adversidades e das dificuldades. Eu acredito que isso tenha sido fundamental para o meu crescimento. Eu imprimi a minha personalidade, a minha capacidade. Mostrei enquanto única mulher na Assembleia que nós temos condições e todas as ferramentas para ocuparmos os espaços que são nossos, e que só cabe à nós mulheres preenchermos esses espaços.  Mesmo se eu vier a compor a base do governo, eu jamais vou deixar de lado a vontade do povo. A forma mais importante de contribuir com qualquer governo é falar a verdade quando a verdade precisa ser dita. É não jogar os problemas para baixo do tapete porque uma hora eles vêm à tona, e foi isso que aconteceu com nosso estado", finalizou.