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Listão da Odebrecht lança nova moda em Brasília que perece, enfim, incomodar classe política

por GazetaMT

16 de Dezembro de 2016, 09h36

Listão da Odebrecht lança nova moda em Brasília que perece, enfim, incomodar classe política
Listão da Odebrecht lança nova moda em Brasília que perece, enfim, incomodar classe política

Enquanto o assunto era denúncia por esquemas de corrupção e recebimento via caixa 2 de dinheiro oriundo de acordos firmados junto a empresa Odebrecht em troca de contratos, licitações e emendas, tudo seguia nos mais absolutos conformes. O bicho pegou mesmo foi quando estourou a lista. Não a dos valores, mas sim a dos apelidos. Teve parlamentar revoltadíssimo em Brasília, mais com a referência do que com o escândalo.

Parece exagero, mas, acredite, não é. A politicada deu pulos e mais pulos quando o ex-vice-presidente institucional da Odebrecth, Claudio Melo Filho, contou às autoridades da operação Lava Jato como a empresa fazia doações de caixa a políticos e acabou revelando os apelidos pelos quais eles eram carinhosamente chamados pela equipe de um departamento exclusivo para o repasse de propina.

Na lista, uma criatividade sem precedentes. O senador Romero Jucá (PMDB-RR) consta na lista como "Caju", o deputado José Carlos Aleluia (DEM-BA) consta como "Missa", o senador José Agripino (DEM-RN) consta como "Pino" ou "Gripado". Os times de coração foram lembrados para os deputados Rodrigo Maia (DEM-RJ), chamado de "Botafogo", e Marco Maia (PT-RS), o "Gremista".

Tem mais. Renan Calheiros (PMDB-AL) é o "Justiça". Há quem chame o apelido de premonitório, dada a recente investida na guerra do presidente do Senado contra todo o Poder Judiciário do Brasil. Os ministros Eliseu Padilha é o "Primo" e Moreira Franco, o "Angorá". Importante: todos do PMDB.

O senador Ciro Nogueira (PP-PI) aparece como "Cerrado". O ex-senador pelo PTB, Gim Argello, era conhecido como "Campari", num infame trocadilho com nomes de beidas. O ex- senador pelo PT, Delcídio do Amaral, era o "Ferrari". Tem ainda os ex-ministros Jaques Wagner, do PT, chamado de "Pólo" e Geddel vieira lima, do PMDB, o "Babel".

Bem humorados deixamos para o final. É mesmo para morrer de rir. O deputado cassado, Eduardo Cunha, do PMDB, era o "Caranguejo", em referência ao jeito de andar e o olho vesgo. O deputado Duarte Nogueira (PSDB-SP) era conhecido como o "Corredor". Antônio Brito (PSD) tinha o apelido de "Misericórdia". Arthur Maia (PPS) era o "Tuca". E tem ainda o deputado Heráclito Fortes (PSB-PI), o "Boca Mole". E o ex-deputado pelo PL Inaldo Leitão, conhecido como o "todo feio". Este último, inclusive, fez questão de se queixar e lançou a pergunta: "Todo feio, eu?"

Não, não... Imagina... A foto está aí ao lado, só para não nos deixar mentir.