BANCADA
Assembleia de Deus quer criar partido político para “defender a família”
Maior igreja evangélica do Brasil segue captando assinaturas exigidas pelo TSE
19 de Março de 2017, 12h09
A maior igreja evangélica do país, a Assembleia de Deus, pretende criar o próprio partido e se juntas às cinco outras legendas políticas ligadas a grupos religiosos no país.
O Partido Republicano Cristão (PRC) já tem 300 mil das 486 mil assinaturas exigidas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para ser criado.
A nova sigla deve ser comandada deputado Ronaldo Fonseca (Pros-DF), líder da bancada de 24 deputados federais ligados à Assembleia de Deus. Próximo ao deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), Fonseca já assinou relatório favorável ao ex-presidente da Casa - que também é membro da igreja.
Assembleia de Deus (AD) é ramificada e possui setores de orientações políticas divergentes. O pastor Silas Malafaia, por exemplo, lidera uma - a carioca Vitória em Cristo -, mas é contra igreja ter vida partidária.
"Como instituição, oficialmente, igreja não tem partido, a lei não permite. Mas ela pode ter representatividade. Isso está sendo trabalhado [por meio do PRC]", explica o pastor Lélis Marinhos, coordenador político da convenção das ADs.
A principal pauta da sigla promete ser a manutenção da família: "Aquela chamada tradicional, com o princípio básico bíblico da família hétero", esclarece Marinho.
O PRC pretende protocolizar o pedido de criação da legenda no TSE até o fim deste ano a fim de concorrer a cargos legislativos já em 2018.