Cumprindo agenda política em Rondonópolis, o ex-prefeito de Cuiabá e candidato ao Governo do Estado em 2018, Mauro Mendes -DEM, defendeu estratégia frente ao previsto palanque eleitoral promovido pelo prefeito José Carlos do Pátio -SD em prol da reeleição do atual governador Pedro Taques -PSDB ao longo da campanha. O "estadista" Zé é o amuleto do tucano na região Sul do Estado.

Mendes segue em reunião com lideranças dos partidos que compõem a coligação Pra Mudar Mato Grosso, formada por DEM, PDT, PSD, MDB, PSC, PMB e PHS. Logo após a coletiva de imprensa concedida aos jornalistas pela manhã, o candidato segue para as demais reuniões, acompanhado pelos candidatos ao Senado Carlos Fávaro- PSD e Jayme Campos -DEM, além de lideranças e candidatos em nível local.

Sem seus principais candidatos com reduto na região Sul do Estado, Mendes pregou respeito às posições e opiniões. "Rondonópolis é uma cidade muito plural e politizada, por isso acreditamos em uma compreensão da sociedade quanto à nossa proposta. Nós vamos respeitar a posição do prefeito (José Carlos do Pátio) e, se formos eleitos, procurar depois dialogar e trabalhar junto a todos os prefeitos do Estado, de cada região".

Ao menos neste início de corrida, o discurso do candidato democrata se manteve crítico e com pouco ataque. Técnico, muniu a fala na atual crise nas áreas da Saúde e Segurança Pública quando questionado e com caminho aberto para apresentar o plano de governo. Mendes rebateu o argumento de crise econômica e defendeu como origem do problema a má gestão.

Wellington Fagundes

Ainda sobre campanha, Mauro Mendes analisou a concorrência com seu adversário direto em Rondonópolis e cidades vizinhas, Wellington Fagundes -PR. "Tem aqui um candidato ao Governo temos uma relação de amizade com ele. Respeitamos sua trajetória política, mas no Legislativo. Tanto que tentou por duas vezes ser prefeito de Rondonópolis e não conseguiu. Ele nunca acumulou experiência na gestão pública e Mato Grosso, que errou há quatro anos, não pode errar novamente. Ele tem bom perfil, mas no Legislativo. Essa é a análise que o cidadão tem que fazer", disse.

Fávaro x Sachetti

Outro que terá páreo duro em Rondonópolis e demais municípios da região é Carlos Fávaro. Seu concorrente, Adilton Sachetti, predomina o reduto, também vem do agronegócio e com apoio político significativo. Na primeira briga entre os dois, porém, a vitória foi do ex-vice-governador, que se garantiu na disputa ao Senado pela chapa, deslocando o adversário para o grupo encabeçado por Fagundes.

"A concorrência é forte. É legitimo e democrático ter um candidato próprio, mas neste ano nós temos a oportunidade de mostrar porquê estamos na política. Estou há três anos e meio na vida pública e tenho uma história de conhecimento das dificuldades da população pela falta de ação política. Acredito que posso buscar ser representativo. Independente do candidato ser da região a ou b, busco o Senado pela vocação em trabalhar pelas comunidades em todo o Estado", argumentou.