COITADO DO ZÉ
Barganha de Sachetti por cargos na Prefeitura tem custado caro ao prefeito, diz vereador
30 de Março de 2017, 09h48
Herança da última eleição, o prefeito José Carlos do Pátio anda pagando muito caro pelo apoio recebido, o que lhe garantiu a vitória nas urnas. A declaração do vereador Thiago Muniz (PPS) sacudiu o Plenário Ulisses Guimarães na sessão da Câmara desta quarta-feira, 29.
Os percalços por que Zé do Pátio está passando, segundo o vereador, ficam marcados pela ineficiência de alguns indicados pelo financiador extraoficial da campanha, deputado federal Adilton Sachetti. As informações dão conta de que os titulares da Secretaria de Infraestrutura e da direção da Unidade de Pronto Atendimento - UPA, teriam sido 'colocados' na administração de Pátio pelo nobre deputado, que, à boca pequena, impôs a nomeação em troca dos favores prestados por ele para garantir a eleição do Zé. Importante lembrar que isso tudo saiu da boca furiosa do vereador Thiago Muniz.
Pior de tudo, de acordo com Muniz, é assistir tamanha ineficiência no trabalho, sendo que estaríamos sendo obrigados a engolir as indicações, as trocas de favores e ao resultado tão insignificante.
Em desabafo na tribuna livre, o vereador disse ainda que o deputado não tem moral para pedir coerência nas ações políticas de partido nenhum. Muniz lembrou que em primeiro lugar o deputado não consegue ser fiel a sigla nenhuma. "Se elegeu prefeito pelo meu partido - PPS, depois pulou para o PR que à época era a sigla de Blairo Maggi. Inclusive na última eleição foi adversário do compadre, hoje Ministro da Agricultura, e apoiou o candidato da oposição ao Grupo Maggi em Sapezal, no Norte do Estado. E o pula-pula não para por aí. Para garantir a eleição, apertado, à Câmara Federal, por fim optou por outro partido - PSB. Como pode pedir coerência?".
Enquanto isso, na velha Rondonópolis, a conta é paga por todos. A população quer ações, chega de reclamações e de colocar a culpa na gestão anterior. A administração do Zé teve um mês para se inteirar da situação, com a equipe de transição, agora fecha os três meses e nada ainda. Será que vinga?