CONSUMO CONSCIENTE

Ainda pelo Dia da Água, Guilherme Maluf apresenta projetos de incentivo na AL

Isenção e imposto para iniciativa privada e melhoria em qualidade deverão ser apreciadas por parlamentares

por GazetaMT

23 de Março de 2017, 08h07

Ainda pelo Dia da Água, Guilherme Maluf apresenta projetos de incentivo na AL
Ainda pelo Dia da Água, Guilherme Maluf apresenta projetos de incentivo na AL

Até o ano de 2030, a demanda por água no mundo deve aumentar 50%. A previsão, anunciada pela Organização das Nações Unidas (ONU), acende o alerta para a necessidade do consumo consciente desse recurso, que é essencial à sobrevivência humana. Ciente da importância do tema, o deputado estadual Guilherme Maluf -PSDB apresentou dois projetos de lei com o objetivo de incentivar a economia de água e garantir a qualidade do produto consumido pela população mato-grossense.

O Projeto de Lei n° 78/2016 propõe a isenção de ICMS para empresas privadas e instituições públicas que adotarem medidas e providências para economizar e evitar o desperdício de água nas instalações hidráulicas e sanitárias em projetos de novas edificações.

As providências apontadas no projeto se referem à implantação ou adequação de torneiras para pias, registros para chuveiro, bacias sanitárias e válvulas para mictórios.

"Para amenizar os problemas gerados pela crise hídrica que afeta o Brasil e o mundo, é necessário adotarmos, de forma emergencial, medidas que assegurem o uso racional da água. Ao apresentar esse projeto de lei, pretendemos incorporar essa cultura em Mato Grosso", explicou o parlamentar.

Qualidade da água

Conforme a ONU, cerca de 1,8 bilhão de pessoas no mundo bebem água de fontes contaminadas por fezes. O consumo do líquido impróprio e a falta de saneamento e higiene causam 842 mil mortes a cada ano.

Para garantir a qualidade da água consumida por estudantes mato-grossenses, Guilherme Maluf apresentou o projeto de lei nº 358/2016. Ele determina que toda água destinada ao consumo nas escolas públicas e privadas, rurais e urbanas seja objeto de controle e vigilância da qualidade.

O monitoramento deve ser realizado por meio de exame semestral, nas amostras coletadas no próprio local de consumo e o resultado obtido pela análise deve ser amplamente divulgado.

Nos casos em que a qualidade não atingir os limites recomendáveis, mediante contaminação que ponha em risco a saúde do usuário, o uso e consumo da água ficará proibido, até que haja substituição ou tratamento com produtos de uso permitido e elaboração de uma nova análise que ateste a sua qualidade e a segurança dos usuários.

Ainda nas situações em que o resultado da análise ficar abaixo do aceitável, a direção da escola ficará obrigada a fornecer outra fonte de água potável aos alunos e servidores da escola, ou, em caso de impossibilidade, a suspender as aulas até a regularização da situação. "A água contaminada pode representar um perigo à saúde, causando diversas doenças, por isso é importante que haja uma rotina de vigilância da qualidade", observou Maluf.

A pesquisadora e professora do Departamento de Engenharia Sanitária da Universidade Federal de Mato Grosso -UFMT, Margarida Marchetto, considera a proposta de "elevada importância", uma vez que a água é um veículo de transmissão de várias doenças.

"O consumo de água fora dos padrões de potabilidade pode causar mal-estar e diversas doenças. Toda água destinada ao consumo humano, distribuída coletivamente, por meio de sistema ou solução alternativa de abastecimento de água, deve ser objeto de controle e vigilância. Água de qualidade é sinônimo de saúde pública", afirma.