CORRUPÇÃO
Na capital, Botelho se manifesta sobre mandados de prisão cumpridos na AL
Na manhã de hoje, Gaeco deflagrou a operação Déjà Vu, braço da Metástase, que envolve o ex-deputado José Riva
02 de Agosto de 2018, 14h47
Mandados de busca e apreensão foram cumpridos, na manhã desta quinta-feira (2), na sede da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), localizada no Centro Político e Administrativo de Cuiabá.
A ação faz parte da operação "Déjà vu", deflagrada hoje pelo Núcleo de Ações de Competência Originária (Naco) e o Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público Estadual (MPE). A Operação é desdobramento da Operação Metástase, que envolve o ex-deputado José Riva
Os mandados foram expedidos pelo desembargador João Ferreira Filho, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) e foram cumpridos por membros do MPE e policiais civis e militares.
De acordo com o MP, a operação tem por finalidade a obtenção de provas para subsidiar investigações em curso e apuração dos crimes de associação criminosa, supressão de documentos e peculato, com envolvimento de servidores públicos, empresários e parlamentares estaduais.
Botelho rebate
Agora a tarde, o presidente da Assembleia Eduardo Botelho (DEM) disse considerar "normal" a operação do Gaeco. O parlamentar avaliou que foi desnecessário o mandado judicial para garantir acesso aos documentos, que deverão servir de prova contra suposto caso de corrupção no local.
"O interesse da Assembleia é o mesmo do Ministério Público Estadual, que é resguardar o patrimônio público. Pode vir aqui a qualquer momento. Não há constrangimento, porque não estamos escondendo nada", ponderou.
Deflagrada em setembro de 2015, a Operação Metástase apura desvio de mais de R$ 2 milhões dos cofres da Assembleia, entre 2011 e 2014, por meio de verba de suprimentos. Os supostos criminosos sacavam o dinheiro para pulverizar na corrupção. As investigações tiveram como base documentos apreendidos durante a operação da Polícia Federal, a Ararath.