CRÍTICAS

Temer defende novamente posse de Cristiane Brasil

O presidente disse que acredita que a presidente do STF, Cármen Lúcia, logo decidirá essa questão da posse da deputada

por Redação com Agência do Rádio Mais

12 de Fevereiro de 2018, 07h00

Temer defende novamente posse de Cristiane Brasil
Temer defende novamente posse de Cristiane Brasil

Em entrevista exclusiva para a Rádio Guaíba, no Rio Grande do Sul, o presidente da República, Michel Temer, voltou a criticar a interferência do Judiciário na posse da deputada Cristiane Brasil. Segundo ele, se trata de uma questão de princípio, já que a Constituição estabelece que é competência do presidente da República nomear ministros.

"Não é uma questão de mérito, digamos assim. É uma questão de princípio, por que a Constituição estabelece que é competência privativa do presidente da República nomear o seu ministro. Então, quando eu vou nomear, eu posso até cometer um erro administrativo, político, não é o caso, por que a deputada Cristiane Brasil é uma deputada muito competente, muito determinada, trabalhadora e presta bons serviços. Mas eu posso, eventualmente, cometer um equívoco administrativo, mas isto não é revisável especialmente por um juiz de primeiro grau."

Ciente de que diversos ministros deixarão os cargos para concorrer às eleições, Temer se mostrou preocupado com as decisões da Justiça.

"Imagine a cada ministro que eu nomear, o juiz lá de uma cidade do interior, por mais respeitável que seja, impede a nomeação. Por que, interessante neste caso, entraram cinco ações populares todas iguaizinhas, em cinco juízos de primeiro grau de cidades diversas."

Indicada pelo presidente há pouco mais de um mês para o cargo, Cristiane Brasil não tomou posse até o momento por conta de uma série de decisões liminares, de primeira e segunda instâncias, que atenderam a questionamentos sobre a legitimidade de a deputada assumir o ministério após ter sido condenada pela Justiça do Trabalho.

Temer disse ainda que acredita que a presidente do Supremo Tribunal Federal, a ministra Cármen Lúcia, logo decidirá essa questão.