CUIABÁ E VÁRZEA GRANDE

Polícia Civil conclui 377 inquéritos de homicídios dolosos na região metropolitana

Somando aos inquéritos dos meses de janeiro e fevereiro, são 403 casos de homicídios concluídos em 2017

por Redação com assessoria PJC/MT

12 de Dezembro de 2017, 06h45

Polícia Civil conclui 377 inquéritos de homicídios dolosos na região metropolitana
Polícia Civil conclui 377 inquéritos de homicídios dolosos na região metropolitana

Em duas fases da meta "Avança DHPP", a Polícia Judiciária Civil concluiu 377 investigações de inquéritos de homicídios dolosos em Cuiabá (MT) e Várzea Grande (MT). No período de 120 dias, foram relatados ao Poder Judiciário 171 inquéritos policiais, inseridos na meta 2, iniciada em 14 de agosto e finalizada nesta segunda-feira (11).  A primeira meta, de 06 de março a 02 de julho, concluiu 206 inquéritos referentes a homicídios

Somando aos inquéritos dos meses de janeiro e fevereiro, são 403 casos de homicídios concluídos em 2017. Esse esforço concentrado das equipes da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) vêm mantendo a média de 70% de esclarecimento dos homicídios. São 243 casos solucionados, com os autores devidamente qualificados nos inquéritos policiais.

No período das duas metas, 81 suspeitos de homicídios foram presos em cumprimento de mandados de prisão e 18 em flagrante, totalizando 99 presos. Nos casos investigados, foram colhidos depoimentos ou interrogatórios de 1.529 testemunhas, parentes de vítimas e suspeitos.

O delegado titular da DHPP, André Renato Gonçalves, disse que o acréscimo no número de inquéritos relatados foi de 24,77%, saindo de 323 inquéritos em 2016 para 403 neste ano, até começo de dezembro. "Esse é o resultado do esforço concentrado de nossas equipes, delegados, escrivães e investigadores para diminuir o número de inquéritos de homicídios. A média de autoria esclarecida é de 70% dos inquéritos relatados em 2017", afirmou.

Com relação aos inquéritos sem autoria definida, o delegado esclarece que são, em sua maioria, casos antigos, em que as diligências foram esgotadas neste momento, mas não significa que a investigação não possa ser reaberta diante de novas informações.

Conforme o delegado, neste ano a Delegacia de Homicídios trabalhou em três vertentes. A primeira foi focada em aumentar o número de pessoas localizadas pelo Núcleo de Pessoas Desaparecidas. "Para isso fortalecemos o núcleo com um delegado, dois escrivães, dois investigadores e dois estagiários", disse.

O resultado foi à localização de 89, 42%, ou 685 pessoas encontradas, do total de 766 registros de desaparecidos, de todas as idades, nas cidades de Cuiabá e Várzea Grande.

A segunda vertente foi voltada ao crescimento da eficácia operacional para cumprimento de mandados de prisão e buscas, dando mais rigor nas investigações ao levar para a prisão autores de crimes de homicídios, a exemplo dos feminicídios, propiciando Justiça às famílias e maior sensação de segurança à sociedade.

A terceira linha de atuação foi à formatação do núcleo de inteligência da DHPP, colocando mais policiais para trabalhar no suporte as equipes operacionais de campo. "Já tivemos trabalhos importantes depois do incremento de policiais, mas a diferença vamos perceber daqui 3 a 4 meses", analisa o delegado.

Homicídios

Até o mês de novembro, Cuiabá registrou 130 crimes de homicídios e Várzea Grande 58, totalizando 188 mortes violentas. Em 2016, até novembro, foram 185 homicídios dolosos na Capital e 113 em Várzea Grande.

Para o delegado, a diminuição em 110 homicídios está relacionada ao trabalho preventivo das operações integradas desenvolvidas pelas forças policiais da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp), o preventivo da Polícia Militar e ao repressivo das investigações qualificadas da Polícia Judiciária Civil, por meio da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

"Os homicídios estão cada vez mais orquestrados São cometidos por criminosos com capacetes nas cabeças, utilizando motocicletas, por integrantes de organizações criminosas. Isso exige empenho maior das equipes e emprego de técnicas de inteligência", destacou André Renato.

Ainda no operacional, a DHPP criou o Grupo de Resposta Rápida de Homicídios (GRRH). Uma equipe, atualmente com quatro policiais, é deslocada naqueles casos que a equipe de campo necessita de reforço, nos plantões 24 horas. Essa mesma equipe, cuja meta é chegar a 8 policiais treinados, também presta apoio no cumprimento de mandados de buscas e prisões.