CUSTOS ELEVADOS

Deputado estadual Ulysses Moraes propõe redução de ICMS nas faturas de energia elétrica

Enquanto nas grandes metrópoles a alíquota do ICMS chega a 25%, em Mato Grosso é cobrado até 27% de acordo com a faixa de consumo.

por GazetaMT

08 de Novembro de 2019, 13h00

Deputado estadual Ulysses Moraes propõe redução de ICMS nas faturas de energia elétrica
Deputado estadual Ulysses Moraes propõe redução de ICMS nas faturas de energia elétrica

Reprodução

Após participações e solicitações de audiências públicas que debateram a prestação de serviço da concessionária de energia elétrica de Mato Grosso, Energisa S/A, o deputado estadual Ulysses Moraes apontou que irá propor ao Governo do Estado a redução da alíquota do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre a energia elétrica para a classe residencial. De acordo com a proposta, a redução seria de 25% para 17% da faixa de consumo mensal entre 250KWh a 500KWh.   

Hoje a cobrança do ICMS para fatura de energia elétrica está sendo realizada da seguinte maneira: consumo de 100KWh fica isento da cobrança, 101 a 150KWh é cobrada 10%, 151 a 250KWh 17%, 251 a 500KWh 25% e acima de 500KWh 27%.

Se aprovada, portanto, a alíquota de 17% será aplicada para toda a faixa de consumo mensal compreendida entre 150KWh a 500KWh, adequando-se ao valor cobrado na maioria dos Estados da federação. As demais faixas de consumo mensal – até 100 KWh (isento), de 100KWh até 150 KWh (10%) e acima de 500 KWh (27%) –, manter-se-iam inalteradas.

O ICMS, junto aos demais tributos, chegam a representar aproximadamente 50% do valor final da fatura de energia.

Até 31 de outubro deste ano, o Juizado Especial já soma 5.120 ações contra a Concessionária, o que revela que o problema com a prestação de serviço, é grave. O parlamentar também deve requerer informações junto ao Governo do Estado da existência de débitos e de possíveis valores judicializados pela Procuradoria Geral sobre as multas aplicadas contra a Energisa S/A. Destas, menos de 2% dos 13 milhões de multas já aplicadas contra a distribuidora, ainda não foram pagas.

Juntas, as reclamações do PROCON municipal e estadual totalizam um índice de 82,6% de valores indevidos ou abusivos cobrados dos consumidores. O que leva as autoridades a acreditar que algo está errado, além do aumento considerável de registros de falta de energia em diversas regiões de Mato Grosso.

“Acredito que a solução não está em aumentar os tributos. Imaginem uma família que sobrevive mensalmente com R$998,00, hoje recebe uma fatura de R$500,00 mensal, é um absurdo! E não pode continuar assim”, declara o Parlamentar.

O deputado relata ainda que muitos consumidores do interior do estado não conseguem formalizar suas reclamações por terem que se deslocar até a capital. Além das irregularidades encontradas nas atividades exercidas pelos prestadores de serviço e da falta de reparação dos equipamentos eletrônicos danificados em decorrência das quedas de energia.