De braços cruzados

Bancários iniciam greve por tempo indeterminado e cobram salários maiores e contratações

Os banqueiros ofereceram um aumento de 5,5% e um abono de R$ 2.500 para todos os bancários

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06 de Outubro de 2015, 10h26

Bancários iniciam greve por tempo indeterminado e cobram salários maiores e contratações
Bancários iniciam greve por tempo indeterminado e cobram salários maiores e contratações

Os bancários de todo o país iniciam nessa terça-feira, 6, uma greve por tempo indeterminado e cobram dos bancos um reajuste salarial de 16% e a contratação de mais funcionários para trabalharem nas agências bancárias. Os banqueiros ofereceram um aumento de 5,5% e um abono de R$ 2.500 para todos os bancários, considerada insuficiente pelos trabalhadores, que prometem manter os bancos fechados até que seja apresentada uma proposta melhor.

'Não podemos aceitar que os bancos usem o argumento da crise econômica para nos negar esse aumento', afirmou o sindicalista Almir Araújo - Foto Luan Dourado/Gazeta/MTDe acordo com Almir Araújo, diretor do Sindicato dos Bancários de Rondonópolis e Região, os trabalhadores resolveram entrar em greve por considerarem o aumento foi considerado irrisório. "Não aceitamos essa proposta pois ela não cobre sequer as perdas inflacionárias do último período, e o abono prometido pelos bancos é uma dose única, pois é só uma parcela e não conta como salário e nem soma na hora da aposentadoria. Não podemos aceitar que os bancos usem o argumento da crise econômica para nos negar esse aumento, pois eles tiveram um crescimento nos seus lucros de mais de 40% em relação a 2014, lucrando mais de R$ 35 bilhões nos primeiros seis meses desse ano", afirmou.

Segundo o sindicalista, a paralisação conta com a adesão de praticamente a totalidade das agências bancárias, com exceção das cooperativas de crédito, como o Sicredi e Sicoob. "Os usuários poderão fazer seus serviços bancários no autoatendimento das agências e os aposentados que tiverem problemas com seus cartões e no recebimento das suas aposentadorias serão liberados para entrar nas agencias", informou Almir Araújo.  

A pedida dos trabalhadores é de um aumento salarial de 16%, sendo que desse total 10,3% seria de reposição inflacionária e 5,7% de aumento real, mas a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) ofereceu 5,5% de reajuste para salários e um abono de R$ 2.500, o que foi considerado insuficiente pelos bancários.

Além do reajuste salarial, os bancários negociam com os patrões melhores condições de trabalho e de saúde, além da contratação de mais funcionários para trabalharem nas agências. "Nós somos cobrados pelos usuários dos bancos, que se sentem prejudicados pela nossa greve, mas nós temos que explicar para essas pessoas que um dos pontos que queremos é justamente a contratação de mais funcionários, o que ajudaria muito na melhora do atendimento", concluiu.