DE VOLTA

Riva deve ser preso novamente se sentença for confirmada, diz juíza

Condenado a 22 anos e 4 meses, ex-deputado obteve o direito de recorrer da decisão em liberdade

por GazetaMT

19 de Junho de 2017, 07h30

Riva deve ser preso novamente se sentença for confirmada, diz juíza
Riva deve ser preso novamente se sentença for confirmada, diz juíza

O ex-presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (AL-MT), José Geraldo Riva (sem partido), deverá voltar para a cadeia caso se confirme em segunda instância a sentença que o condenou a 22 anos e 4 meses. O ex-deputado obteve o direito de recorrer da decisão em liberdade. A afirmação é da juíza da Sétima Vara Criminal da capital do Estado, Selma Rosane Santos Arruda.

A informação consta de um embargo de declaração - um tipo de recurso judicial que questiona eventual falta de clareza ou contradição em decisões dos juízes -, interposto pelo Ministério Público Estadual (MP-MT) que apontou suposta "omissão em relação a expedição de guia de execução provisória em 2º Grau de Jurisdição".

O órgão ministerial solicitou que a Selma Arruda adicionasse na decisão que a prisão será cumprida em caso de confirmação da sentença pelo Tribunal de Justiça. Selma Arruda acolheu o recurso.

A condenação, proferida em maio de 2017, é oriunda de uma das ações penais decorrentes da operação "Arca de Noé", que apura desvios de recursos públicos na AL-MT entre o fim da década de 90 e o início dos anos 2000, utilizando empresas de fachada. Nesta ação, o ex-deputado é acusado de fraudar os cofres públicos em mais de R$ 4,2 milhões. Em valores atualizados, o desvio chega a R$ 11 milhões.

Condenação

José Riva já possui duas condenações por crimes de desvios de recursos públicos investigados na "Operação Arca de Noé". Em março deste ano, o ex-presidente da Assembleia Legislativa foi condenado a 21 anos e 8 meses de prisão. Nesta ação, é acusado de desviar ao menos R$ 2 milhões dos cofres públicos por meio de uma papelaria que "simulava" a entrega de materiais na AL-MT.

Agora, soma mais 22 anos e 4 meses de prisão. Em ambas decisões, foi beneficiado com a possibilidade de recorrer em liberdade.