DEPOIMENTO À PF
W.F. teve nome citado em inquérito que investiga Temer em caso sobre portos
14 de Junho de 2017, 10h07
O senador mato-grossense Wellington Fagundes -PR teve o nome citado em um dos depoimento colhidos pela Polícia Federal, em inquérito que investiga o presidente da República Michel Temer -PMDB, por um dos executivos da empresa Rodrimar, Ricardo Mesquita, relacionado ao setor portuário. Na declaração dada, o ex-deputado Rodrigo Rocha Loures -PMDB, fora o autor da menção ao senador republicano.
A empresa pleiteava junto ao Governo Federal a prorrogação da concessão de exploração de áreas no Porto de Santos, reduto, segundo ele, de influência de Temer. Em maio deste ano, o presidente da República assinou decreto com mudanças de regras no setor, não contemplando a Rodrimar. A empresa detinha os direitos desde 1993.
O executivo Ricardo Mesquita, então, acionou o então deputado Loures, que garantiu que "o assunto seria resolvido". Pronto, chegamos a Wellington Fagundes.
Segundo Mesquita, a ampliação dos prazos para contratos anteriores a 1993 estava enfrentando dificuldades na discussão na Casa Civil da presidência da República. Por isso, Loures teria sido acionado "pretendendo que ele, juntamente com outros interlocutores do setor portuário, como o senador Wellington (Fagundes), agisse para resolver o problema".
Atualmente preso e sem foro privilegiado, Loures foi o deputado flagrado pela Polícia Federal deixando uma pizzaria em São Paulo carregando uma mala com R$ 500 mil em propina. O dinheiro fazia parte de uma ação programada da PF, que usou de delatores infiltrados para desmantelar o esquema, como os irmãos Batista, da JBS.
Resposta
A assessoria de Wellington acredita que o senador tenha sido citado na conversa por sua atuação no que diz respeito aos portos do Brasil. O republicano é presidente da Frente Parlamentar de Logística de Transporte (Frenlog) e Armazenagem e membro da Comissão de Serviços de Infraestrutura do Senado representando o Bloco Moderador.
A reportagem é da Revista Época.