DINHEIRO PÚBLICO
Thiago Muniz critica reforma de R$2,5 milhões da Câmara
Recurso devolvido pelo Legislativo à Prefeitura será utilizado em ampliação de instalações e troca do telhado da Casa de Leis
14 de Março de 2018, 16h11
Em um discurso duro -com direito à comoção popular- o vereador Thiago Muniz -PPS criticou a utilização de totais R$2,5 milhões do cofre municipal na reforma e ampliação Câmara dos Vereadores. No início da semana, o prefeito José Carlos do Pátio assinou a homologação que validou o processo licitatório.
Para o socialista, o montante não condiz com obras num prédio, defendeu, relativamente novo. "É no mínimo uma incoerência. Esta reforma é sem necessidade", atacou.
Na Tribuna Livre da Casa de Leis, as palavras foram acompanhadas dos protestos favoráveis do presentes no auditório. Muniz cobra que Pátio cancele ou ao menos adie a ideia. "A cidade está um caos, cheia de buracos. A Santa Casa está num fecha e não fecha. O prefeito Zé do Pátio precisa rever suas prioridades, pois esse dinheiro precisa ser investido em outras áreas", disse.
O recurso destinado à reforma é parte do montante devolvido pelo Poder Legislativo ao Executivo, o chamado duodécimo. No total, R$2,6 milhões forma reduzidos, 11% do total repassado no início de 2017 (R$23 milhões). A Câmara, devolveu, ainda, outros R$98,3 mil provenientes de aplicações financeiras proveniente de juros do dinheiro aplicado.
"Recurso não afeta município"
Em defesa, o presidente da Câmara dos Vereadores, Rodrigo da Zaeli -PSDB rebateu as críticas. "Esse recurso não interfere em áreas como Saúde ou Educação. Cada uma dessas Pastas possui seus recursos próprios próprios e que são destinados", disse.
Sobre o valor significativo do projeto, seguiu: "Por se tratar de uma reforma, o projeto precisa prever uma série de fatores. O dinheiro não será aplicado nos gabinetes dos vereadores, mas, sim, na solução dos problemas de infiltração, refrigeração, troca do telhado, ampliação e construção de novos espaços que atenderão a população".