em Rondonópolis

Especialistas do Hospital Regional pedem demissão

Entre as razões, as profissionais da saúde alegaram a falta de pagamento dos honorários por seis meses

por De Rondonópolis, MT - Renata Ramos

17 de Janeiro de 2019, 07h55

Especialistas do Hospital Regional pedem demissão
Especialistas do Hospital Regional pedem demissão

A crise financeira no Estado de Mato Grosso parece não ter fim. Na saúde, as dívidas com Hospitais Regionais é um desafio para o novo secretário de saúde, Gilberto Figueiredo.  

Em Rondonópolis, três médicas, especialistas em Endocrinologia, Reumatologia e Pneumologia comunicaram oficialmente a direção do Hospital Regional, pedidos de demissão. Entre as razões, as profissionais da saúde alegaram a falta de pagamento dos honorários por seis meses e a falta de contrato.

No início deste mês o novo secretário de saúde de Mato Grosso, visitou a unidade hospitalar em Rondonópolis. Antes disso, mais de 40 funcionários da unidade fizeram uma manifestação para reivindicar o pagamento do salário referente a novembro e o 13º salário.

O caos na unidade parece ter se agravado deste outubro do ano passado quando a Organização de Saúde Gerir assumiu a administração do Irmã Elza Giovanella. Após várias denúncias a justiça federal pediu o afastamento do Instituto e não autorizou a renovação do contrato. O Hospital passou então a ser de responsabilidade do Estado.

Santa Casa

O problema de demissões também deve acontecer na Santa Casa de Misericórdia. Médicos que atuam no hospital e maternidade anunciam para o próximo dia 2 de fevereiro um pedido de demissão em massa. Leia a reportagem completa aqui

O novo secretário de Estado de Saúde, Gilberto Figueiredo, em entrevista concedida para a imprensa da capital, admitiu que há atrasos do Estado para com a Santa Casa de Rondonópolis em torno dos R$ 4 milhões. Desde que assumiu a Secretaria, ele ainda não assinou nenhum pagamento porque não há recursos disponíveis.

Disse o Corpo Clínico

Em nota datada do dia 5 de dezembro, o Corpo Clinico confirmou o tempo de atraso no repasse e comunicou à diretoria a decisão de suspender os serviços.  Sem a regularização dos débitos, não está descartada a paralisação nos demais atendimentos.