ESTATÍSTICAS

Casos de chikungunya no Mato Grosso aumentam 3,5 vezes este ano

Nesta semana, a produtora cultural Naiane Vidal, 35 anos, morreu em Cuiabá vítima da doença

por Redação com Agência Brasil

20 de Outubro de 2018, 11h42

Casos de chikungunya no Mato Grosso aumentam 3,5 vezes este ano
Casos de chikungunya no Mato Grosso aumentam 3,5 vezes este ano

O número de casos de chikungunya no Mato Grosso aumentou 3,5 vezes entre janeiro e outubro de 2018 em comparação ao mesmo período de 2017. Segundo dados da Secretaria Estadual de Saúde, entre janeiro e outubro, 14 mil pessoas foram contaminadas pelo vírus da chikungunya. Nesta semana, a produtora cultural Naiane Vidal, 35 anos, morreu em Cuiabá vítima da doença.

A coordenadora de vigilância Epidemiológica da Secretaria de Saúde de Mato Grosso, Alessandra Moraes, explicou que a chikungunya pode potencializar outras doenças preexistentes nos pacientes. "Essa paciente [a produtora cultural que morreu], tinha uma diabetes. A chikungunya tende a potencializar esse quadro, o que acaba agravando a saúde da pessoa e pode levar a óbito", disse.

Criadouro

Alessandra diz que a época de chuvas e muito calor preocupa, pois esse ambiente favorece a proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da chikungunya, da zika e da dengue. Nos últimos meses, Mato Grosso conseguiu reduzir de forma significativa o número de casos de zika e dengue. De janeiro a outubro, a contaminação por zika caiu 61% e, por dengue, 29%, em relação ao mesmo período do ano passado.

"A maioria dos criadouros estão concentrados em imóveis particulares, residência. A população precisa se engajar e ter a consciência de que ela também é coparceira do estado dentro desse processo", disse a coordenadora.

Para reduzir o número de casos de chikungunya, a Secretaria Estadual de Saúde intensificou as reuniões com as secretarias municipais e os cursos de formação dos profissionais de saúde.