FICHA EXTENSA

Empresário de Lucas do Rio Verde com mandado de prisão é preso em Cuiabá

Willian Alves Dias estava com R$ 148 mil que seriam aplicados em golpe e com documentos de identidade falsos

por GazetaMT

14 de Junho de 2016, 14h27

Empresário de Lucas do Rio Verde com mandado de prisão é preso em Cuiabá
Empresário de Lucas do Rio Verde com mandado de prisão é preso em Cuiabá

Dono de quatro supermercados na cidade de Lucas do Rio Verde, o empresário, Willian Alves Dias, 43 anos, foi preso pela Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), da Polícia Judiciária Civil, na segunda-feira (13.06), em frente à sede do GCCO, no bairro Três Américas em Cuiabá, com R$ 148 mil, e dois documentos falsos. O dinheiro seria dado em troca de R$ 1 milhão, que não existe.

O empresário estaria participando de um golpe junto com outras duas pessoas que serão indiciadas por tentativa de estelionato. O comerciante usava documento de identidade e uma carteira de habilitação falsa, por estar com mandado de prisão em aberto desde o ano de 2002, quando teve a ordem decretada pela Justiça do Rio de Janeiro pelo crime de homicídio cometido em 1996.

O empresário também será indiciado por uso de documento falso e será investigado em lavagem de dinheiro. De acordo com o delegado do GCCO, Flávio Henrique Stringueta, o empresário, morador há mais de 8 anos em Lucas do Rio Verde, usava o nome falso de Wellington Leles Aguiar. "Ele saiu correndo dentro do estacionamento do shopping e pessoas gritando atrás dele 'pega ladrão'", contou o delegado. "Fizemos a detenção dele e encontramos R$ 143 mil na mochila que carregava. Ele disse que estava fechando um negócio da compra de uma caminhonete Dodge Ram", completou.

Outros cinco mil foram apreendidos no quarto do hotel, em que o empresário estava hospedado, na capital.

Conforme Stringueta, a versão apresentada tinha muitas contradições e em conversa com as duas pessoas que corriam atrás dele, os policiais acabaram descobrindo que tudo era parte de uma golpe.

Segundo um dos golpistas, o empresário foi convencido a participar do esquema, que consiste em ludibriar pessoas que entram com uma certa quantia em troca de dinheiro desviado do Banco Central, que na verdade não existe. "O golpe todo era de R$ 166 mil. Isso tudo é ganância para multiplicar dinheiro de forma fácil", avalia Stringueta.

Para totalizar R$ 166 mil, uma outra pessoa, também comerciante de Lucas do Rio Verde, entraria com o restante do dinheiro.

"Mesmo em greve, nossos policiais atuaram porque a situação aconteceu em frente à delegacia", justificou a ação o delegado.