FLORESTA EM PÉ

Estratégia de controle de desmatamento em MT é referência para colombianos

A comitiva da Iniciativa para o Comércio Sustentável (IDH) esteve na Sema para conhecer as ações estratégicas

por Da redação com Assessoria

10 de Novembro de 2019, 11h00

Estratégia de controle de desmatamento em MT é referência para colombianos
Estratégia de controle de desmatamento em MT é referência para colombianos

Foto Reprodução

Representantes da Iniciativa para o Comércio Sustentável (IDH) estiveram na Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema-MT) para conhecer as estratégias de Mato Grosso para controle e combate ao desmatamento ilegal. Desde 2010, o Estado estruturou diversos instrumentos de planejamento estratégico jurisdicional para a redução do desmatamento e o desenvolvimento sustentável.

Entre os pontos destacados aos colombianos, Carolina Tenório e Franscisco Leon, e aos brasileiros, Alex Schimidt e Guilherme Justo, está o emprego da tecnologia por meio da Plataforma de Monitoramento da Cobertura Vegetal. Adquirida pelo Programa REM, por meio do Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio), com recursos da Alemanha e Reino Unido, a ferramenta monitora o Estado diariamente com resolução espacial de três metros, por meio da constelação de nano satélites Planet.

A plataforma conta ainda com alertas semanais de desmatamento, tanto na região Amazônica, como no Cerrado e Pantanal. A ferramenta permite detectar desmates a partir de um hectare e acompanhar a alteração da cobertura vegetal de forma rápida, possibilitando a notificação remota imediata em casos de infrações.

Com o uso da tecnologia, o objetivo da Secretaria é autuar e embargar 100% das áreas em que forem detectados desmatamentos ilegais e enviar as equipes de fiscalização a campo para deter derrubadas da floresta que estejam em andamento.

"Empreendemos um conjunto de esforços que une inteligência, tecnologia e motivação da equipe para conter o desmatamento e atingir nosso principal objetivo: manter a floresta em pé", destaca o secretário-adjunto executivo da Secretaria, Alex Marega.

O gestor também explicou o planejamento realizado para a "Ação Integrada de Combate ao Desmatamento Ilegal e às Queimadas Ilegais na Amazônia", que dividiu o Norte do Estado em sete regiões distribuindo as equipes da Sema, Batalhão de Polícia Militar de Proteção Ambiental (BPMPA), Corpo de Bombeiros Militar (CBMMT) e Ibama.

A Operação trouxe resultados positivos, como a queda em 22% no desmatamento em setembro de 2019, em relação a 2018, de acordo com dados do Imazon.

"Estamos impressionados com a capacidade que vocês possuem de saber quem são os responsáveis pelas infrações. Na Colômbia temos uma realidade mais complexa em relação à regularização fundiária e, portanto, temos muita dificuldade em encontrar os responsáveis pelos crimes ambientais", explica Carolina, que representa o braço colombiano da IDH, que tem como missão alavancar recursos do setor privado, com foco em acelerar a sustentabilidade em cadeias-chave do agronegócio, gerando impacto nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), das Nações Unidas.

A secretária-adjunta de Gestão Ambiental da Sema, Luciane Bertinatto, explicou como os dados do Sistema Mato-Grossense de Cadastro Ambiental Rural (Simcar) auxiliam na realização de um diagnóstico do Estado, sendo ferramenta fundamental para definição de políticas públicas e regularização dos imóveis rurais.

"O Simcar é uma ferramenta importante para termos a visão de todo Estado e enxergarmos as áreas degradadas a serem recuperadas", enfatizou Luciane.

Mato Grosso é o primeiro Estado brasileiro a lançar o sistema com a possibilidade de adesão ao Programa de Regularização Ambiental (PRA) para recuperação das áreas degradadas em pleno cumprimento ao Código Florestal Brasileiro.