geração de renda
União de forças garante inserção social de catadores de materiais recicláveis em Rondonópolis
O lixão da Mata Grande deve ser desativado no dia 2 de setembro e o local vai receber apenas sobras da construção civil e podas de árvores
21 de Agosto de 2017, 07h10
Os catadores de materiais recicláveis que atuavam no lixão da Mata Grande agora farão parte de uma nova cooperativa e vão trabalhar no Aterro Sanitário, receberão capacitação para trabalhar e dois caminhões da prefeitura, que também vai comprar o lixo, auxiliando-os na geração de renda. O lixão deve ser desativado no dia 2 de setembro e o local vai receber apenas sobras da construção civil e podas de árvores.
O termo de cooperação e ajustamento de conduta foi firmado entre o Sanear, o Ministério Público do Trabalho, o Ministério Público Estadual, a empresa Seger, responsável pela gestão do Aterro Sanitário e a Prefeitura de Rondonópolis. A ação partiu do promotor de justiça, Marcelo Vacchiano e contou com a presença do prefeito Zé Carlos do Pátio (SD) de representantes do Juvam, Semma, Defensoria Pública, Procuradoria do Trabalho, Sanear e Ação Social.
"O intuito é não desamparar estes trabalhadores. Firmaremos um TAC [Termo de Ajustamento de Conduta] para garantir direitos a eles. O que queremos é melhorar a vida destes trabalhadores, garantindo a eles equipamentos de segurança, cesta básica e um subsídio financeiro, além de equipamentos que facilitem o trabalho deles. Será oferecido o auxílio até que possam caminhar sozinhos.Daremos dignidade a esses trabalhadores", explicou o promotor Marcelo Vacchiano.
A iniciativa pioneira em tratar da questão dos resíduos sólidos foi ressaltada pelo prefeito Zé Carlos do Pátio. Ele comemorou o fato de Rondonópolis ser o primeiro município de Mato Grosso a ter um aterro sanitário em funcionamento, a partir de setembro. "Estou muito feliz hoje porque vamos concretizar o primeiro aterro neste estado. Considero a assinatura um ato cívico, que vai fortalecer os trabalhadores com a organização da cooperativa de resíduos sólidos", destacou o prefeito.
Segundo o secretário de Meio Ambiente, João Copetti, a cidade vive um ponto chave de transição no que diz respeito à destinação dos resíduos, uma total mudança de rota, que vai cessar o crescimento do passivo ambiental acumulado ao longo de décadas no lixão da Mata Grande. "Com o aterro sanitário entraremos em uma nova era para o meio-ambiente e para a educação ambiental. É um processo gradual, de conscientização coletiva da população em relação à separação e destinação adequada dos seus resíduos domésticos. E isso se estende também para as escalas comercial e industrial", observa o secretário.
A secretaria de Meio Ambiente está implantando um projeto piloto de coleta seletiva, que será estendido ao Paço Municipal, às demais secretarias, postos de saúde e escolas. A coleta seletiva será retomada em 33 bairros da cidade. O projeto é de que até o final da gestão, a coleta seletiva esteja implantada em toda a cidade.