GRAMPOS ILEGAIS

Ex-secretário Paulo Taques é preso na capital do Estado

Foi cumprido pela polícia um mandado de prisão, além de outro de busca a apreensão na casa do primo do governador

por Robson Morais

04 de Agosto de 2017, 14h22

Ex-secretário Paulo Taques é preso na capital do Estado
Ex-secretário Paulo Taques é preso na capital do Estado

Acaba de ser preso na capital do Estado o ex-sexretário chefe da Casa Civil Paulo Taques, primo do governador de Mato Grosso Pedro Taques -PSDB. Segundo as primeiras informações, repercutidas pela imprensa local, a prisão preventiva ocorreu no início da tarde de hoje, 4, decorrente da operação que investiga os grampos ilegais.

Foi cumprido pela polícia um mandado de prisão, além de outro de busca a apreensão na casa de Paulo Taques. O despacho é assinado pelo desembargador do Tribunal de Justiça Orlando Perri.

Paulo Taques havia deixado seu cargo no governo do Estado após revelado o escândalo. Ele é apontado como mandante da interceptação telefônica contra a ex-amante Tatiane Sangalli. Advogados, políticos e jornalistas também foram grampeados ilegalmente.

Perri, no mandado de prisão, acolheu a representação do delegado Juliano Silva de Carvalho e determinou que o mesmo prendesse e recolhesse o ex-secretário. Paulo Taques será apresentado à 11ª Vara Criminal de Cuiabá, onde fará audiência de custódia.

No mandado de prisão, o desembargador afirma que, mesmo em liberdade, o ex-secretário "vem buscando, de todas as formas, interferir diretamente na apuração dos fatos, mediante a utilização dos meios de comunicação, sobretudo pelo forte prestígio que ainda possui perante a imprensa de uma forma geral, ou, quiçá, de espaços decorrentes de suas relações com o governo".

Policiais presos

Além do ex-secretário, também estão presos por envolvimento no esquema o coronel Zaqueu Barbosa, os coronéis Evandro Lesco e Ronelson Barros, ex-chefe e ex-adjunto da Casa Militar, e o cabo Gerson Correa Junior. Eles foram presos entre maio e junho deste ano.

"Os mesmos argumentos aduzidos por ocasião da prisão preventiva de vários policiais militares também se aplicam ao caso em apreço, máxime porque há fortíssimos indícios da ligação entre Paulo Taques com o grupo criminoso formado para implantação de diversas escutas telefônicas ilegais", diz trecho da decisão sobre Paulo Taques.