GRAVE ACUSAÇÃO

Selma Arruda acusa TRE de extorsão para absolvê-la de caixa 2

Senadora eleitora ataca a imprensa, nega dinheiro ilícito na campanha e diz que será absolvida

por Cuiabá, MT - Rafael Costa

14 de Dezembro de 2018, 09h32

Selma Arruda acusa TRE de extorsão para absolvê-la de caixa 2
Selma Arruda acusa TRE de extorsão para absolvê-la de caixa 2

Eleita senadora por Mato Grosso com 678.458 mil, a juíza aposentada Selma Arruda (PSL) utilizou seus espaços nas redes sociais para acusar os juízes e desembargadores que compõem o pleno do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) de extorsão para absolvê-la de uma ação de investigação judicial eleitoral que a acusa da prática de caixa 2 na campanha eleitoral.

"Eu já fui três vezes extorquida por causa desta bagunça. Na primeira vez me pediram R$ 360 mil, na segunda R$ 600 mil e na terceira, me pediram cargos, pra me absolver neste processo no Tribunal Regional Eleitoral", declarou Selma Arruda.

Conhecida pela postura firme enquanto magistrada que levou a condenação de políticos poderosos como o ex-governador Silval Barbosa e os ex-presidentes da Assembleia Legislativa, José Riva e Humberto Bosaipo, a senadora eleita Selma Arruda afirmou que não vai ceder a nenhum tipo de chantagem.

"Eu não cedo a chantagem, eu não cedo a extorsão, e vou continuar lutando. Se a gente ceder uma vez a corrupção, ela entranha em você, e nunca mais sai de você", criticou.

Selma Arruda ainda declarou durante a transmissão em sua página no Facebook que se manteve ausente das redes sociais nas últimas semanas por conta das diversas notícias envolvendo seu nome na imprensa mato-grossense. Ao mesmo tempo, disse que não praticou caixa 2 na campanha eleitoral de 2018 e tem a plena convicção de que será absolvida no Judiciário.

Com relação ao dinheiro gasto em sua campanha eleitoral, Selma Arruda declarou que partiu do suplente Gilberto Possamai, popular Beto Possamai, a liberação do dinheiro para financiar sua campanha eleitoral.

"Para não ficar recebendo dinheiro de setores que eu ficaria amarrada, atrelada, eu optei por ter um suplente que pudesse arcar com estas despesas. Gostei de Gilberto Possami que financiou toda a campanha de marketing", declarou.

Selma Arruda ainda declarou ser vítima de um bombardeiro midiático que tem o propósito de fragilizá-la politicamente. E comparou sua situação a do senador eleito pelo Rio de Janeiro, Flávio Bolsonaro.

"Boa parte da mídia está se ocupando para me descontruir, assim como estão fazendo como capitão Bolsonaro, porque existe interesse, um contexto que eu não entre, que quer que Bolsonaro não entre, que Flávio Bolsonaro não entre. Vou dizer uma coisa pra vocês, a esquerda perdeu, mas eles não estão mortos, e estão unidos com a velha e podre política, com estes que colocaram o Brasil nesta derrocada. Mas não vão conseguir nos derrotar", afirmou.

Selma ainda citou nominalmente veículos de comunicação que divulgaram notícias consideradas inverídicas a seu respeito.

"Saíram duas fofocas, tem pessoas que esqueceram de tomar o remédio controlado, ou o remédio está vencido, mas tenho certeza que a cacholinha não está bem. Quanto eu ir embora pra Brasília, meus filhos estão em Cuiabá. A Gazeta citou fontes, diga quem foi, coloca a versão correta. A imprensa tem que ter seriedade. Outra pessoa que não tem miolo no lugar, um tal de Muvuca, que disse que eu tenho uma bomba, que estou ameaçando desembargadores, o Judiciário, que vou fugir pra Brasília. A pessoa é doente mental pra escrever isso. Não tem bomba nenhuma, se eu tivesse já teria contado pra autoridades, não sou desta laia".