GREVE

Sem cumprimento do Executivo, servidores voltam a paralisar serviços em Rondonópolis

Reivindicações da categoria já haviam sido dialogadas com prefeito Zé do Pátio. Sindicato diz que promessa não avançou

por Reportagem: Robson Morais / Fotos: Sirlei Alves

07 de Agosto de 2018, 10h10

Sem cumprimento do Executivo, servidores voltam a paralisar serviços em Rondonópolis
Sem cumprimento do Executivo, servidores voltam a paralisar serviços em Rondonópolis

Os servidores públicos municipais de Rondonópolis voltaram a paralisar as atividades nesta terça-feira, 7. Uma manifestação teve início pela manhã em frente à Prefeitura e deve perdurar até amanhã, caso não haja entendimento junto ao prefeito José Carlos do Pátio -SD. No ato, o sindicato da categoria afirma que promessas feitas pela administração em atos anteriores não foram cumpridas.

Em entrevista, a presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Rondonópolis, Geane Lina Teles, confirma a repetição da pauta do movimento grevista. A nova paralisação, lembra, já havia sido comunicada ao prefeito em caso de não cumprimento do acordado. "O diálogo não avançou. Os servidores ficaram no "ia". O prefeito "ia" fazer, "ia" resolver... ", diz. "[O Sispmur] Enviou uma notificação ao prefeito municipal José Carlos do Pátio (SD), mês passado, informando a possibilidade de nova paralisação com movimentação e manifestação pelo descaso e recusa às reivindicações da categoria no que diz respeito a recomposição salarial de 10% e resolução das pautas da categoria e não obtivemos nenhum parecer do prefeito e amanhã paralisamos as atividades no município", já havia comunicado mais cedo em nota oficial.

Ainda segundo Teles, a situação mais greve se dá pela postura de Pátio ante o atual momento político. "Desde janeiro de 2017 temos tentado construir uma pauta positiva junto a administração municipal, mas o prefeito nos deixou em quinto plano. Neste momento ele está priorizando a política em Mato Grosso e não o diálogo e a efetivação dos nossos direitos. Quem nos prometeu melhores condições foi ele, mas, nesse momento, está mais focado em fazer palanque", desabafa. "[O prefeito José Carlos do Pátio] se esquece que Rondonópolis é um centro produtivo e que nossa arrecadação aumentou. Ele não pode dizer que não tem condições de possibilitar melhores condições aos seus servidores", argumenta.

Geana Lina Teles, do Sispmur. Foto: Sirlei Alves/GazetaMTEntre as reivindicações dos servidores está a situação da Companhia de desenvolvimento de Rondonópolis -Coder, cujos terceirizados encabeçaram outro ato de protesto em frente à Prefeitura recentemente. "Uma das principais promessas era a de solução da situação da Coder, mas, a verdade é que o problema se agravou. Tivemos demissões. Há uma frota de caminhões novos no pátio da empresa, sem seguro e sem contrato, todos parados, enquanto aqueles trabalhadores não tem como sair de casa para trabalhar, não sustentam suas famílias. A mesma administração que licita asfalto se esquece que existe uma Coder para isso", diz Geane.

Sem resposta por parte do Poder Executivo, o ato dos servidores deverá ser mantido até amanhã, 8.  "Se vier dialogar, conversar, que venha. Mas, que venha para resolver esta situação. Chega de promessa", finaliza a presidente.

Outras reinvindicações

Os servidores reivindicam melhores de condições de trabalho, aumento nos recursos para a merenda escolar, recomposição salarial de 10% para todos servidores municipais, recuperação da CODER e garantia dos mais de 500 postos de trabalho, revisão dos PCCVs  e Estatuto dos servidores; materiais nos PSF e Centros de Saúde, equiparação salarial das Técnicas de saúde, Farmacêuticos, Bioquímicos e Biomédicos, execução corretamente do laudo LTCAT e o pagamento de insalubridade e periculosidade, regularização do recolhimento da contribuição ao INSS de 1991 a 2004 dos funcionários celetistas e concursados que não conseguem se aposentar, pagamento correto e sem atraso da elevação de nível e classe, Pagamento das 30 horas dos professores contratados da SEMED,  correção da tabela salarial dos novos cargos criados para os novos concursados e por pagamento digno e justo, revisão salarial do cargo dos controladores e pagamento digno e justo, aplicação da Progressão Vertical Imediata, aprovação de lei de recomposição com dobra do poder de compra do salário dos professores em 10 anos, regularização da carga horária de trabalho a várias categorias, regularização dos direitos das ACS (Agente Comunitárias de saúde) e ACE (Agente Comunitário de Endemias), enquadramento no PCCV dos Agentes de Radiologia, enquadramento dos fiscais do PROCON em consonância com sua categoria e ao direito legal ferido referente ao encontro de contas de Licença Prêmio com despesas com o Serv saúde.

Outro lado

Pela manhã, a reportagem do GazetaMT procurou a assessoria de Comunicação da Prefeitura de Rondonópolis. Até o fechamento desta reportagem não houve resposta.