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Irmãos de Geller estão envolvidos em esquema de grilagem de terra e são procurados pela PF

Os dois são irmãos do atual ministro da Agricultura, Neri Geller, e são produtores rurais em Lucas do Rio Verde e Nova Mutum

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27 de Novembro de 2014, 15h49

Irmãos de Geller estão envolvidos em esquema de grilagem de terra e são procurados pela PF
Irmãos de Geller estão envolvidos em esquema de grilagem de terra e são procurados pela PF

O ex-prefeito de Tapurah, Milton Geller, irmão do ministro da Agricultura, Neri Geller, promete se entregar à PF ainda nessa quinta - Foto internet

A Polícia Federal procura pelos irmãos Odair e Milton Geller, que são suspeitos de fazerem parte de um esquema de venda ilegal de lotes da União destinados à reforma agrária, alvo da Operação Terra Prometida, deflagrada pela PF na manhã dessa quinta-feira, 27, e que cumpre mandados judiciais nos estados do Mato Grosso, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Os dois são irmãos do atual ministro da Agricultura, Neri Geller, e são produtores rurais em Lucas do Rio Verde e Nova Mutum, sendo que Milton Geller já foi prefeito da cidade de Tapurah.

De acordo com informações já noticiadas pela imprensa nacional, o advogado dos irmãos já entrou em contato com a PF e garantiu que os dois se entregam a PF ainda hoje.

Outro que foi preso na operação foi ex-prefeito de Lucas do Rio Verde, Marino Franz. A PF jpá confirmou a prisão de um funcionário do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). Outras 49 pessoas também são alvo da PF.

A investigação que deu origem à Operação Terra Prometida, nome que remete à passagem bíblica em que Deus promete terra ao povo escolhido, teve início ainda em 2010 e apura a compra, a preços módicos, por meio da coerção ou uso da força, de áreas de assentamento, que posteriormente eram vendidos por seus valores reais. A PF suspeita que o esquema possa ter gerado um prejuízo aos cofres públicos de até R$ 1 bilhão.

Por meio da assessoria de imprensa do Ministério da Agricultura, Geller informou que não está no país e que ele não se pronunciaria sobre o assunto antes de voltar ao Brasil.