GRIPE SUÍNA

Secretária cobra vacinas contra H1N1 do Ministério da Saúde

A secretária cobra que o Ministério da Saúde envie vacinas para o Município imunizar a população contra a H1N1

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18 de Junho de 2019, 13h02

Secretária cobra vacinas contra H1N1 do Ministério da Saúde
Secretária cobra vacinas contra H1N1 do Ministério da Saúde

A Secretária Municipal de Saúde, Izalba Albuquerque, deu uma entrevista coletiva na manhã de hoje (18) para falar dos casos recentes de morte de pessoas por suspeita de ser em decorrência do vírus H1N1, a Gripe Suína. Ela lamentou as cinco mortes ocorridas na cidade desde o final do mês de maio e salientou que o Município tem cobrado do Ministério da Saúde (MS) o envio de vacinas contra a gripe para Rondonópolis, mas reclama de não ter sido atendida.

“O que mais me preocupa é que os óbitos tem sido dentro da faixa de idade que não estavam contempladas pelo Ministério da Saúde, não estavam nos grupos prioritários (que receberam vacina contra a gripe nas unidades de saúde, como crianças até seis anos, gestantes e profissionais que lidam com muitas pessoas no dia a dia, como professores). Na semana passada tivemos um óbito de um rapaz de 40 e poucos anos, essa semana tivemos mais essa moça de 37 anos. Então, eles não estavam contemplados dentro dos grupos prioritários do Ministério da Saúde”, pontuou.

Segundo ela, o Município recebeu do MS somente as doses destinadas para aos grupos de risco, mas os cálculos teriam sido feitos a partir de números do ano de 2018, que poderiam estar defasados. “Nós atingimos a meta de 90% e até passamos dela entre os grupos prioritários, mas mesmo entre eles ficou gente sem vacinar. Alertamos o MS que as doses não seriam suficientes e pedimos mais 25 mil doses da vacina, mas não recebemos essas doses. Ontem, fizemos mais um documento e entregamos para o senador Wellington Fagundes, que vai mais uma vez ao Ministério viabilizar um lote de mais 30 mil doses”, continuou a secretária.

Esse número de doses da vacina seria para que o Município pudesse vacinar os policiais, entre outros grupos, que estão nos grupos de risco, mas que não receberam as vacinas necessárias para imunizar esses profissionais da segurança. “É muito preocupante. Somos um município polo. Acho que o Ministério tinha que ter um olhar específico para nós, não somos um município qualquer. Nós temos casos aqui e uma população que não estava previsto. O que nós vamos fazer com esse povo? É um desespero, todos procurando pela vacina. O Ministério, o Governo Federal tem que se posicionar”, questionou Izalba Albuquerque.

Izalba Albuquerque cobrou um posicionamento do Ministério da Saúde sobre o envio de vacinas contra a doença para a cidade

Ela disse entender o fato de o MS ter enviado vacinas apenas para os grupos ditos prioritários, mas defende que se abra uma exceção para casos como o de Rondonópolis, onde as pessoas estão morrendo por supostamente estarem infectadas pelo vírus H1N1. “Tem que ter um olhar diferente. O Ministério não pode fazer de conta que nada está acontecendo. Nós, que moramos aqui, sabemos a situação de desespero que a população vive. Mas essa é uma responsabilidade do MS e para eles parece que Rondonópolis está invisível. Eu estou revoltada e acho que nós precisamos de um posicionamento do MS, pois as 30 mil doses para nós faz uma diferença enorme”, concluiu.