HOMICÍDIO QUALIFICADO

Réu que simulou acidente da ex-namorada para obter seguro é condenado a 18 anos de prisão

O crime aconteceu no dia 28 de setembro de 2011, por volta das 19h30, na Estrada da Praia Grande, zona rural de Várzea Grande (MT)

por Rondonópolis, MT - Sirlei Alves / com assessoria MPE/MT

12 de Setembro de 2019, 14h25

Réu que simulou acidente da ex-namorada para obter seguro é condenado a 18 anos de prisão
Réu que simulou acidente da ex-namorada para obter seguro é condenado a 18 anos de prisão

José Carlos Gomes Fernandes, 41, foi condenado, nesta quarta-feira (11), a 18 anos de prisão por homicídio qualificado por motivo torpe e emprego de asfixia, praticado contra a ex-namorada dele, Dalícia Fernandes. O crime aconteceu no dia 28 de setembro de 2011, por volta das 19h30, na Estrada da Praia Grande, zona rural de Várzea Grande (MT).

Durante o julgamento, o promotor de Justiça César Danilo Ribeiro Novais destacou o comportamento repulsivo do réu ao simular um acidente automobilístico para receber um prêmio de seguro de vida em nome da vítima. Consta na denúncia, que após forjar o acidente, o acusado arremessou a ex-namorada para fora do veículo para o interior de uma lagoa localizada no local dos fatos, causando-lhe asfixia em virtude do afogamento.

O promotor de Justiça relatou ainda que, conforme consta nos autos, um mês antes do crime o réu tentou comprar um veículo Renault/Clio, mas a negociação não foi efetivada em razão da não aprovação do cadastro no nome dele. Dias depois, no entanto, ele retornou ao estabelecimento e comunicou a obtenção de um financiamento que havia sido feito em nome da vítima com outra revenda e confeccionou no nome dele o contrato de compra e venda do referido veículo, o mesmo utilizado no dia do crime.

Durante o inquérito policial, foi constatado também que em fevereiro do mesmo ano o réu procurou uma empresa de seguros e contratou apólice em nome de Dalícia Fernandes, no qual seria o único beneficiário. Após a morte da ex-namorada, antes mesmo do final da sindicância, já que os familiares não sabiam da existência do seguro, o réu enviou à empresa carta de desistência do recebimento do prêmio.

Desde então, José Carlos encontra-se foragido da Justiça. Quem souber do paradeiro dele pode ligar no telefone 190 ou 127. A denúncia pode ser anônima.