INIMIGOS ÍNTIMOS
Polêmicas criadas por auxiliares prejudicam Zé do Pátio
12 de Abril de 2019, 08h28
Num espaço de poucos dias o prefeito José Carlos do Pátio vivenciou dois desgastes inesperados (e talvez indevidos) em sua imagem pública. Viu sua administração manchada pelas suspeitas de racismo e de assediar moralmente trabalhadores simples, que vivem de cavar e fechar buracos nas ruas de Rondonópolis.
Nos dois casos as situações foram criadas por auxiliares próximos. Primeiro veio a cartilha da campanha 'Cidade Limpa', denunciada pela Unegro como vetor de racismo e só recolhida após dias uma polêmica desnecessária. Agora a presidente da Companhia de Desenvolvimento de Rondonópolis (Coder), Nívea Calzolari, decidiu afastar um trabalhador que reclamou publicamente da falta de planejamento da empresa. O Sindicato dos Servidores assumiu a defesa do trabalhador, carimbando a administração da Companhia como perseguidora.
Os dois casos respingaram diretamente no prefeito, com danos que extrapolam as fronteiras do município. E é uma pena. É que, independente de outras críticas que se possa fazer ao prefeito José Carlos do Pátio, não há como negar seu respeito aos trabalhadores e às chamadas minorias. Ele certamente é o prefeito que mais nomeou negros e mulheres para cargos do primeiro escalão na história de Rondonópolis e sempre abraçou bandeiras visando a inclusão e o combate aos preconceitos.
Talvez esteja na hora do prefeito reunir seus auxiliares, explicar a relevância de sua imagem pública e exigir de todos um comportamento compatível com sua história. É como diziam os romanos, o bom político precisa Ser e Parecer correto.