INSURGENTE

Operação é deflagrada para combater organização criminosa que age na região Sul de MT

Delegacia de Primavera do Leste e a Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) coordenam a operação

por Redação com assessoria PJC/MT

27 de Julho de 2018, 11h08

Operação é deflagrada para combater organização criminosa que age na região Sul de MT
Operação é deflagrada para combater organização criminosa que age na região Sul de MT

Entre os presos estão reeducandos de unidades prisionais do estado. (Foto: divulgação PJC/MT)Uma organização criminosa responsável por planejar e executar diversos crimes em cidades da região Sul de Mato Grosso foi alvo da operação Insurgente, deflagrada na manhã desta sexta-feira (27) pela Polícia Judiciária Civil. Dos 87 mandados judiciais (31 de buscas e 56 de prisões) apenas duas ordens de prisão seguem em diligências na operação que é coordenada pela Delegacia de Primavera do Leste e pela Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO).

Os 54 presos (entre pessoas soltas e reeducandos de unidades prisionais) estão sendo conduzidos para unidades da Polícia Civil nos municípios Cuiabá, Sinop, Primavera do Leste, Rondonópolis, Pedra Preta, Alto Araguaia e Poxoréu. Eles vão passar por interrogatório na manhã desta sexta-feira (27) e em seguida serão apresentados em audiência de custódia.

De acordo com a delegada Anamaria Machado Costa, titular da Delegacia Especializada de Roubos e Furtos de Primavera do Leste, a investigação resulta em trabalho de apuração de aproximadamente 10 meses com foco na ramificação da organização criminosa que atua na região Sul do Estado. "Por meio de um trabalho técnico e intenso foi possível apontar o papel de cada membro dessa facção criminosa que está por trás da prática de crimes como roubo, tráfico de drogas, homicídios, latrocínio e aliciamento de menores por meio de 'filiação/batismo' para a prática de diversos delitos", destaca a delegada. 

As investigações sugerem que a liderança, chamada de "Conselho Final" seria de reeducandos da Penitenciária Central do Estado (PCE), que passaria as determinações para lideranças (apelidadas de "vozes finais") presas no Presídio da Mata Grande, em Rondonópolis e estas repassariam as ordens para os "disciplinas", pessoas soltas para que executassem o acordado pela quadrilha.

"O grupo agia buscando liderar o comércio ilícito (de entorpecentes) - cobrando uma espécie de aluguel de cada boca de fumo e coagindo os pequenos traficantes para que comprassem a droga de pessoas indicadas por eles. Embora não seja o caso de Primavera do Leste, em algumas cidades, a organização criminosa chegava a intimidar também o comércio lícito exigindo que comerciantes 'pagassem' para não ser assaltados, por exemplo", explica a delegada.

Repressão qualificada

O Secretário de Estado de Segurança Pública, Gustavo Garcia, ressalta que "o planejamento estratégico prevê o fortalecimento da repressão qualificada contra as facções criminosas. Desta forma a atividade de inteligência vem atuando em todos os municípios de Mato Grosso, subsidiando grandes investigações, que estão desarticulando o crime organizado. Este enfrentamento é fundamental para contenção dos índices de roubos e homicídios que estão em declínio desde 2015", afirma.

A operação Insurgente mobilizou policiais das delegacias da cidade de Primavera do Leste, Poxoréu, Campo Verde, Paranatinga, Sinop, e Delegacias de Rondonópolis, Alto Araguaia, Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), Gerência de Operações Especiais (GOE), além de apoio do Ciopaer, e Diretoria de Inteligência e Diretoria de Interior, da Polícia Judiciária Civil. São ao todo 102 policiais mobilizados, 28 viaturas, e uma aeronave.