Repercutiu o comentário feito aqui sobre os privilégios dado aos presos no atendimento nas unidades de Saúde destinadas à população em geral.

Usuários e também servidores do PA disseram não considerar justo, por exemplo, que os presos tenham o 'direito' de passar à frente de quem muitas vezes aguarda há horas pelo atendimento. Isso sem falar no tumulto e no constrangimento causado pelo aparato que cerca a movimentação de presos - escolta com policiais fortemente armados, algemas, correntes...

Mas a coluna recebeu também informações intrigantes. Uma delas dá conta que recentemente o Governo do Estado contratou mais cinco médicos para a Penitenciária da Mata Grande - que estaria contando agora com 10 profissionais (cinco clínicos gerais e cinco especialistas) para atender cerca de mil detentos.

Se é assim, nossos detentos contam hoje com uma relação médico/paciente invejável até em países do primeiro mundo. É muito superior a média brasileira e quase dez vezes maior que a proporção existente em Mato Grosso (1,26 médicos por habitantes).

O Buxixo está tentando descobrir qual é a rotina dos médicos da Mata Grande. Mas, a julgar pela frequência com que os detentos utilizam os serviços do PA, os profissionais de lá devem ter uma demanda absurdamente grande a ponto de não conseguirem garantir o atendimento no local. Ou, talvez, careçam de uma gestão melhor.