Está confirmado que o deputado Federal pelo PSC-RJ Jair Bolsonaro virá a Rondonópolis. A visita está marcada para esta sexta-feira (1) e promete furor, tanto em favor quanto contra o parlamentar. O primeiro grupo irá ovacioná-lo, o outro organizará um "beijaço" em protesto às declarações ditas em alto e bom som pelo nobre no Plenário da Câmara.

Recém midiático, foi justamente a língua solta que fez de Bolsonaro, um parlamentar até então omisso, um sempre observado pelos veículos de imprensa e fiel alimentador das chamadas "bombas" que vendem jornal. É tanto destaque que  o deputado já figura entre os presidenciáveis para 2018. Quanto aos projetos que encaminhou na Câmara, aprovados ou não, em 25 anos ininterruptos de atuação o conseguiu aprovar uma única emenda, já em 2015. Quando questionado, se disse "discriminado".

Bem, mas isso é assunto para outra sessão desta coluna. De volta à visita do ilustre, anunciada pelo próprio Bolsonaro, importante reforçar neste ano de eleições que não haverá palanque político.

Bolsonaro deu apoio à candidatura do coronel Pery Taborelli na corrida à majoritária em Várzea Grande, e abriu margem para as especulações eleitoreiras também neste município. Parte da imprensa acreditou (e ainda acredita) no lançamento do atual deputado estadual Sebastião Rezende à Prefeitura. O PSC já confirmou apoio ao projeto de reeleição do atual prefeito Percival Muniz (PPS).

Como adiantado por esta, o presidente municipal do PSC e atual vereador pelo partido Elton Mazette chamou de mentirosa a notícia sobre o lançamento de Rezende. Visivelmente incomodado, garantiu que por ele passam as decisões do partido e a ele reportam as cabeças. Por esses e outros motivos que também não assunto para agora, neste momento o deputado não seria candidato nem se quisesse.

Em tempo: No vídeo em que confirma e saúda a população rondonopolitana, o deputado defende posse e porte de arma de fogo nas zonas urbana e rural, "inclusive fuzil para os fazendeiros defenderem suas terras dos marginais do MST".

Ainda falando do deputado Jair Bolsonaro, o ilustre é réu no Supremo Tribunal Federal sob a acusação de injúria e incitação ao estupro, após declaração contra a também deputada Maria do Rosário (PT-RS). Nesta semana, o Conselho de Ética da Câmara instaurou um processo de quebra de decoro parlamentar contra o deputado por apologia à tortura. O pedido do Partido Verde (PV) acusa Bolsonaro de ter dedicado seu voto à favor do impeachment de Dilma ao coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, reconhecido pela Justiça como torturador na ditadura militar. Bolsonaro, em nota, respondeu à imprensa nacional que tudo não passa da mera opinião de um parlamentar, o que lhe é direito. 

Será uma visita e tanto essa aí...