LAVA JATO
STF inocenta Blairo em acusação de propina da Odebrecht
16 de Outubro de 2018, 07h58
O ministro do Supremo Tribunal Federal -STF, Edson Fachin, determinou, enfim, o arquivamento da investigação contra o ministro da Agricultura, Blairo Maggi e o deputado federal José Orcílio Miranda dos Santos, o Zeca do PT (PT-MS). O inquérito apurou se ambos teriam recebido vantagens indevidas na campanha de 2006, em troca de benefícios para a Odebrecht.
Maggi era acusado pelo recebimento de R$ 12 milhões em propina. Zeca supostamente teria recebido R$ 400 mil. Em troca, ambos forneceriam benefícios à empresa. A acusação constava em delação premiada dos investigados na Operação Lava Jato João Antônio Pacífico Ferreira, diretor superintendente para as Áreas Norte, Nordeste e Centro Oeste da Odebrecht, e Pedro Augusto Carneiro Leão Neto, diretor de contratos da construtora.
No entendimento da Justiça, porém, tanto Maggi quando Zeca são inocentes. No início de outubro, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, fizera o pedido de arquivamento ao STF. Foi este o pedido analisado por Fachin, que considerou, agora, que "não foram reunidos elementos externos a corroborar as narrativas dos colaboradores premiados".