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LiFi: a tecnologia que promete internet 100 vezes mais rápida do que com WiFi

Pelo menos é o que indicam os primeiros testes da nova tecnologia, chamada de LiFi, que consegue transmitir 1GB de dados por segundo

por GazetaMT

28 de Novembro de 2015, 13h00

LiFi: a tecnologia que promete internet 100 vezes mais rápida do que com WiFi
LiFi: a tecnologia que promete internet 100 vezes mais rápida do que com WiFi

A popular tecnologia de transmissão de dados sem fio WiFi está prestes a se tornar ultrapassada. Pelo menos é o que indicam os primeiros testes de uma nova tecnologia, chamada de LiFi, que consegue transmitir 1GB de dados por segundo.

Isto representa uma velocidade 100 vezes maior que o atual WiFi. E pode ficar ainda mais rápido: a empresa de tecnologia Estonia Velmenni, que realiza estes experimentos, diz que testes realizados em laboratórios na Universidade de Oxford alcançaram 22GB por segundo.

A tecnologia LiFi, abreviação para "Light Fidelity" (Fidelidade da Luz, em tradução literal) usa ondas de luz para a transmissão, empregando diodos emissores de luz (LED). "Criamos uma solução de iluminação inteligente para uma área industrial na qual a comunicação de dados se realiza através da luz. Também estamos fazendo um projeto piloto, criando uma rede de LiFi para acessar a internet no escritório", disse Deepak Solanki, diretor-geral da Velmenni.

Como funciona?

Em 2011, o criador desta tecnologia, o cientista Harald Haas, da Universidade de Edimburgo, demonstrou que com apenas um LED é possível transmitir mais dados do que com uma antena de telefonia. O LiFi permite que uma lâmpada tenha duas funcionalidades: iluminar e garantir a conectividade com o roteador.

A tecnologia foi apresentada em 2012, na feira Consumer Eletronics Show, evento internacional com tecnologias para consumo, em Las Vegas. Em uma demonstração, dois smartphones a uma distância de 10 metros trocaram dados entre si através da variação da intensidade da luz de suas telas.

Demonstrou-se, também, que o LiFi é mais seguro que o WiFi e não interfere com outros sistemas, mas que poderia ser usado sem problemas em um avião, por exemplo.

Mas há um inconveniente: a luz não consegue atravessar paredes.

É o fim do WiFi?

Mas, apesar de suas vantagens, o novo sistema não deverá substituir o WiFi por completo num futuro próximo. Pelo contrário. Ambas as tecnologias poderão ser usadas em conjunto para criar redes mais seguras e rápidas. E pesquisadores trabalham na adaptação dos atuais dispositivos, para que sejam compatíveis com Lifi.

A PureLifi, empresa criada por Haas e sua equipe, oferece um aplicativo para um acesso sem fio seguro. A empresa francesa de tecnologia Oledcomm está instalando o seu próprio sistema de LiFi em hospitais.

Ao mesmo tempo, empresas como Samsung, LG e outras fabricantes de dispositivos eletrônicos estão interessadas em criar smartphones com sensores de luz LiFi.

Com informações da BBC Brasil