MANIFESTAÇÃO EM ARIPUANÃ

Prefeitura decreta situação de emergência social após fechamento de garimpo

Dezenas de garimpeiros ocupam as ruas do município, em protesto desde segunda-feira (07).

por Cuiabá, MT - Daffiny Delgado

10 de Outubro de 2019, 07h00

Prefeitura decreta situação de emergência social após fechamento de garimpo
Prefeitura decreta situação de emergência social após fechamento de garimpo

O prefeito de Aripuanã Jonas Rodrigues da Silva, o Jonas Canarinho (PR), decretou situação de emergência social no município, nesta quarta-feira (09), após dezenas de garimpeiros ocuparem as ruas da cidade.

O decreto foi publicado no Diário Oficial do Estado e tem validade de 180 dias.

No documento, consta que mais de 2 mil pessoas que habitavam o garimpo estão desalojadas e em situação de vulnerabilidade social.

A situação se deu na segunda-feira (07), após a deflagração da operação Trype da Polícia Federal, que realizou o fechamento do garimpo ilegal localizado na Serra do Expedito.

De acordo com a PF, as atividades de extração ilegal de ouro na região além de estar denegrindo a natureza, estava aumento o índice de crimes como tráfico de drogas, homicídios e prostituição na cidade.

Após a intervenção da PF em conjunto com as forças de segurança do Estado, os garimpeiros ocuparam as ruas do município como forma de protesto.

O prefeito afirma parte dessas pessoas não possui recursos financeiros suficientes para se alimentar e voltar para suas cidades de origem.

Além disso, ele ressalta que o município não possui recursos suficientes para atender as necessidades básicas dessas pessoas, mas autoriza os órgãos e entidades da Prefeitura a adotarem ações de apoio que forem necessárias.

A operação

A operação que contou com apoio de servidores do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Renováveis (Ibama) e Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema) tem como objetivo encerras as atividades no garimpo ilegal.

Durante a operação, um garimpeiro - cuja identidade não foi divulgada - chegou a ser morto após trocar tiros com os policiais na região.

A invasão da propriedade, que é da União, começou em novembro de 2018. A situação já foi alvo de investigação da PF, no entanto, a exploração continuava sem qualquer tipo de controle.