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Perspectivas do Mercado Farmacêutico para 2018

Entre abril de 2015 e início de 2016, o setor faturou 66 bilhões de reais, crescimento de 10% em relação ao período de um ano antes

por GazetaMT

05 de Fevereiro de 2018, 08h24

Perspectivas do Mercado Farmacêutico para 2018
Perspectivas do Mercado Farmacêutico para 2018

Se a economia brasileira ainda se recupera com ajuda de aparelhos, o setor farmacêutico não precisou de remédios para manter os bons resultados. Entre abril de 2015 e início de 2016, o setor faturou 66 bilhões de reais, crescimento de 10% em relação ao período de um ano antes.

Segundo dados do IMS Health, divulgados pela Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa (Interfarma), o ano de 2016 fechou na casa de 69 bilhões de reais. Em meio às incertezas econômicas enfrentadas por outros setores, o mercado de varejo farmacêutico vem remando na contramão.

Em 2017, o balanço também foi positivo. Somente no primeiro semestre, foram comercializados 1,8 bilhão de medicamentos. A população brasileira está envelhecendo e houve um significativo aumento da expectativa de vida, esses fatores resultaram no aumento da venda dos genéricos, sendo um dos principais combustíveis para esses números, de acordo com a Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos (ProGenéricos), com base em dados do IMS Health.

Conforme pesquisas de mercado, o IMS Health estima que o mercado farmacêutico brasileiro deverá alavancar em uma década, de 10º para o 5º lugar em faturamento mundial, ficando atrás apenas de grandes potências como Estados Unidos, China, Japão e Alemanha.

Mas nem tudo é favorável. Há muitos desafios a serem enfrentados, principalmente no que se refere às questões regulatórias e tributárias.

O Brasil continua sendo um dos campeões em arrecadação de impostos sobre medicamentos, mesmo aqueles que são essenciais para tratamentos de doenças, sofrem com a grande carga tributária. "O consumidor tira do próprio bolso para financiar seu tratamento e ainda paga o maior tributo do mundo", afirma Antonio Brito, presidente da Interfarma, em entrevista para o jornal Folha de São Paulo.

O pesquisador Nick Bosanquet, professor de políticas de saúde do Imperial College, em Londres, analisou a carga tributária incidente nos medicamentos de 38 países. A pesquisa revelou que a média de impostos no Brasil é três vezes maior do que a média dos outros países analisados.

Reverter obstáculos regulatórios e tributários, manter a crescente dos bons resultados são alguns dos desafios para esse ano.

E você, está preparado para aproveitar as oportunidades?