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Em Brasília, “visita” da PF apreendeu malote com computador na casa de Maggi

Residência em Rondonópolis também foi alvo. PF cumpriu, ainda busca e apreensão na casa de Jota Barreto

por GazetaMT

15 de Setembro de 2017, 06h59

Em Brasília, “visita” da PF apreendeu malote com computador na casa de Maggi
Em Brasília, “visita” da PF apreendeu malote com computador na casa de Maggi

Por volta as 9h30 da manhã, equipes da Polícia Federal deixaram o apartamento do atual ministro da Agricultura, Blairo Maggi -PP, em Brasília, carregando um malote e uma matriz de computador (CPU). O imóvel está localizado na chamada Asa Azul.

Enquanto isso, policiais também "visitavam" a casa em Rondonópolis, bem como a residência do ex-deputado e ex-prefeito do município Jota Barreto. Ao todo, os agentes cumprem mandados em 64 endereços, expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF), nas cidades de Cuiabá, Rondonópolis, Primavera do Leste, Araputanga, Pontes e Lacerda, Tangará da Serra, Juara, Sorriso e Sinop, todas em Mato Grosso, além de Brasília e São Paulo.

Jota Barreto

Desde a manhã de hoje, a 14, a Polícia Federal -PF e o Ministério Público Federal -MPF cumprem mandados de busca e apreensão na casa do ex-deputado e ex-prefeito de Rondonópolis Ermínio Jota Barreto -PR.

As equipes da PF conseguiram, com a ajuda de um chaveiro, abrir as portas do apartamento do ex-parlamentar, que segue fora de cena desde sua aparição em um vídeo entregue pelo ex-governador do Estado Silval Barbosa. Nas imagens, Barreto enche uma mala de dinheiro, suposta propina. Outros políticos do Estado também foram gravados.

As gravações entregues por Silval fazem parte dos 21 anexos da delação de Silval que foram homologados pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Fux. Em entrevista, o magistrado e disse se tratar do maior escândalo depois da Lava Jato, uma delação "monstruosa".

Maggi enviou nota

Em nota, via assessoria, Blairo comunicou à imprensa:

"Sobre a operação realizada pela Polícia Federal nesta quinta-feira (14), esclarecemos que

1. Nunca houve ação, minha ou por mim autorizada, para agir de forma ilícita dentro das ações de Governo ou para obstruir a justiça. Jamais vou aceitar qualquer ação para que haja "mudanças de versões" em depoimentos de investigados. Tenho total interesse na apuração da verdade.

2. Ratifico ainda que não houve pagamentos feitos ou autorizados por mim, ao então secretário Eder Moraes, para acobertar qualquer ato, conforme aponta de forma mentirosa o ex-governador Silval Barbosa em sua delação.

3. Jamais utilizei de meios ilícitos na minha vida pública ou nas minhas empresas. Sempre respeitei o papel constitucional das Instituições e como governador, pautei a relação harmônica entre os poderes sobre os pilares do respeito à coisa pública e à ética institucional.

4. Por fim, ressalto que respeito o papel da Justiça no cumprimento do seu dever de investigação, mas deixo claro que usarei de todos os meios legais necessários para me defender e reestabelecer a verdade dos fatos"