MPT considera greve geral Legal!

por GazetaMT

28 de Abril de 2017, 07h00

MPT considera greve geral Legal!
MPT considera greve geral Legal!

Embora forças contrárias aos interesses dos trabalhadores (sejam eles da iniciativa pública ou privada) tenham tentado, nos últimos dias e de todas as formas desmerecer o movimento de paralisação, previsto para acontecer nesta sexta-feira (28), em TODO o país, sendo na capital de Mato Grosso às 15h, na Praça Ipiranga, não é possível aceitar calados todo esse ataque midiático aos servidores, como se o ato de indignação NACIONAL fosse apenas deles. Sendo assim, venho, a público, como presidente sindical, mas, antes disso como cidadã que representa pais e mães de família que sustentam as bases econômicas do Brasil e que são aviltadas com desvios todos os dias em todas as esferas de governo como tem sido comprovado pela Operação Lava-Jato.

O problema não é a paralisação, o problema é o povo não ser ouvido. Povo este de quem flui o poder que deve ser exercido pelos escolhidos para governar PARA o povo e não contra ele em favor de seus interesses pessoais como há décadas se vê. Alguns pode se perguntar agora: mas se é o povo que elege estes que aí estão trabalhando contra ele, porque continua a fazê-lo? Isso continua a acontecer porque os poderosos tiram a cada ano por diversas formas o poder de pensar. Iludem o povo com pão e circo enquanto deixam deteriorar suas escolas e tiram sua saúde com sucateamento de hospitais e não valorizam nem aos mestres e nem aos médicos. Tudo para garantir dinheiro para dar migalhas aos menos afortunados que estão se tornando cada vez mais maioria para que continuem vendendo seus votos ou, simplesmente, acreditando que este ou aquele político que está há anos no poder, vai, finalmente, fazer algo para melhorar a vida de todos.

Neste momento em que a força política toda trabalha pelo bem do Capital e contra os trabalhadores não há bandeira sindical que não se una em pról da defesa de todos os trabalhadores. Se o povo não for às ruas dar um BASTA em todos os desmandos que têm sido feitos e nos muitos outros que se avizinham nada mais restará senão morrermos todos como escravos trabalhando para sustentar quem não nos representa e estes sim, não trabalham tanto quanto a classe trabalhadora que vem sendo chamada a torto e a direito de VAGABUNDA e as centrais sindicais como a CSB, que luta por uma força sindical melhor, vêm sendo atacadas sendo tachadas de pelegas e que se articulam para não deixar os cidadãos trabalharem na próxima sexta. Como ir contra os "cidadãos" se é por ele que somos todos nós que constituímos a sociedade que lutamos?

Abram os olhos e os ouvidos e pensem que melhor será perder um dia de trabalho do que continuar a fingir que o problema que virão com as reformas Trabalhista e Previdenciária e a terceirização não vão provocar um futuro muito mais negro e sem esperança. Sobre a Reforma da Previdência é bom que se saiba que estamos dispostos ao debate. O norte da discussão, porém, precisa ser outro. Nós, povo brasileiro, queremos o fim dos privilégios e a eliminação e punição aos fraudadores, corruptores e corruptos e a cobrança dos devedores.

Lembrem: ainda há esperança! Não vamos esmorecer! Todos à luta para que a vitória seja de todos nós! Eu, de minha parte, conto com a compreensão dos servidores do Intermat e do Indea, mesmo estes últimos tendo sido escolhidos para servir de exemplo na última greve de servidores sendo os únicos a ter 11 dias de ponto cortado, mas que podem ficar tranquilos que já temos uma decisão julgada favorável ao ressarcimento que deve ser cumprida mais cedo ou mais tarde. O que demonstra que a vitória fica do lado de quem luta! Portanto, lutemos unidos. Ainda mais agora que o Ministério Público do Trabalho soltou Nota Técnica afirmando que a GREVE GERAL é LEGAL, pois o povo tem todo o direito de lutar pelos seus direitos. Todos à greve companheiros porque, mais do que nunca, juntos somos mais fortes contra as mudanças que o governo quer nos enfiar goela abaixo! Avante guerreiros!

 

Autor/Fonte: *Diany Dias é presidente do Sintap