no sul

Dez mil gaúchos caminham com Dilma em Porto Alegre

Durante o evento, a presidenta convocou os brasileiros para uma participação massiva na votação deste domingo (26)

por GazetaMT

25 de Outubro de 2014, 16h12

Dez mil gaúchos caminham com Dilma em Porto Alegre
Dez mil gaúchos caminham com Dilma em Porto Alegre

A presidenta Dilma Rousseff, candidata à reeleição, participou de uma caminhada que reuniu cerca de 10 mil pessoas no Centro de Porto Alegre (RS), na manhã deste sábado (25), véspera do segundo turno das eleições. Durante o evento, a presidenta convocou os brasileiros para uma participação massiva na votação deste domingo (26). "É muito importante. Somos uma das maiores democracias do mundo e certamente um dos países com o maior índice de participação da população nas eleições", disse Dilma.

A presidenta lembrou da característica democrática das eleições, na qual todos os cidadãos são iguais, já que cada brasileiro representa um voto. "Isso significa que as pessoas diante da urna têm o mesmo poder. Faço um apelo às pessoas para que compareçam para votar. Vocês têm o mesmo poder, do mais pobre ao mais rico", disse a presidenta.

Para Dilma, as eleições reforçam a consolidação da democracia no Brasil, que respeita os direitos e as tradições. "E que permite que de quatro em quatro anos haja essa discussão a respeito de pra onde o Brasil vai caminha, qual é o futuro do País", disse, lembrando que nessa eleição a população está diante de dois projetos claros.

"Tenho certeza que essa será mais uma vez uma grande manifestação democrática na vida do País e que 2014 será lembrado como um momento também de grande participação das pessoas votando, indo as urnas e manifestando qual é a sua condição e sua posição em relação ao País", ponderou.

Combate à Corrupção

Na ocasião, a presidenta manifestou seu repúdio às recentes declarações do adversário, de que ela não daria prosseguimento à apuração de denúncias de corrupção, caso seja reeleita. "Isso é um absurdo e quero aqui manifestar meu repúdio a esse tipo de processo, que é um processo golpista que não coagula com uma situação democrática", afirmou Dilma.

A presidenta lembrou que tem uma vida inteira para demonstrar seu posicionamento, de quem nunca compactuou com a corrupção. "Quero que provem que eu compactuei com a corrupção e não esse tipo de situação em que se insinua e não tem prova. Eu não falo de corrupção só em época eleitoral. Eu combato fora do período eleitoral e faço isso de forma sistemática. Neste caso da Petrobras, ou qualquer outro que tenha a ver com corrupção, eu vou investigar a fundo, doa a quem doer. Não vai ficar pedra sobre pedra", afirmou com veemência.

Para Dilma, esse tipo de investigação é obrigação de um presidente da República, embora não fosse praxe nos governos anteriores. "Sempre engavetaram os processos ou deixaram que eles prescrevessem. É isso o que acontecia nesse País. Comigo não vai acontecer isso. Vou informar à Nação, não dessa forma seletiva, que permite que bandidos que tentam salvar a própria pele, façam acordo políticos e digam coisas sem fundamento", ressaltou a presidenta.

Dilma garantiu que após as investigações que estão sendo realizadas as coisas vão ficar límpidas e os responsáveis também pelas injúrias e calúnias devem ser punidos. "Porque não se pode tratar assim uma presidenta da República há três dias da eleição. Por que isso nunca apareceu antes? A minha indignação é proporcional à injustiça que estão cometendo e ao uso político que estão fazendo disso", afirmou.

Economia
Segundo Dilma, o resultado das contas externas expressa o fato de que está havendo uma deterioração na crise internacional, demonstrada por exemplo pela redução do crescimento da China e da Europa, que significa uma redução das compras chinesas e europeias do resto do mundo. "Isso está ocorrendo em todo lugar. Está havendo também uma queda no preço das commodities internacionais, inclusive o petróleo, que estava na faixa de U$ 102 e está agora entre R$ 80 e U$ 85", disse.

A presidenta destacou que aqui ainda existe uma situação estável porque o Brasil é um dos países que mais atrai investimento direto e externo numa proporção inédita no País. "Nós temos uma média, desde 2011 até 2014, em torno de U$ 65 bilhões de entrada no Brasil. Estamos entre os cinco países que mais atraem investimento do exterior", ressaltou Dilma.

Sobre a relação de intercâmbio com os países próximos, a presidenta afirmou que é fundamental. "Embora o candidato adversário ache que não é importante a relação do Brasil com a Argentina, com o Mercosul e com a América Latina. Isso demonstra um certo desconhecimento da importância que existe no Brasil no que se refere aos mercados latino americanos", destacou Dilma, que citou a Argentina como grande parceiro nas trocas de manufaturados de produtos industrializados. "É uma relação bastante equilibrada. Sempre procuramos fazer com que essa relação seja crescente e que se desenvolva",

Numa perspectiva de 10 anos, o crescimento das relações entre países da América Latina foi superior ao crescimento em comparação com o resto do mundo. "Nenhum País sério deixa de dar importância aonde está localizada a sua nação, porque nós temos responsabilidade com a América Latina, como o maior País da região", disse a presidenta, ressaltando que isso não significa que o Brasil não vai manter relações com a Ásia, com a África, com a Europa e com os Estados Unidos.

Com informações da Assessoria