NOME AOS BOIS

Buxixo adiantou: vereador(es) recém- eleito(s) deverão cair antes mesmo de vestir o terno

por GazetaMT

29 de Novembro de 2016, 09h53

Buxixo adiantou: vereador(es) recém- eleito(s) deverão cair antes mesmo de vestir o terno
Buxixo adiantou: vereador(es) recém- eleito(s) deverão cair antes mesmo de vestir o terno

Não faz muito tempo, Buxixo adiantou em primeira mão. Tem vereador recém-eleito em Rondonópolis que pode cair antes mesmo de vestir o terno. Na época a coluna preservou o nome. Ou melhor, nomes, pois mais de um pode rodar. É hora, portanto, de dar nome aos bois.

Três ao todo. O primeiro deles é Juary Miranda, seguido por  Vilmar Pimentel e pelo radialista Orestes Miraglia. Coincidência ou não, todos pertencem ao Solidariedade, partido do prefeito eleito José Carlos do Pátio, responsáveis por um total de 4.289 votos para o partido. A sigla elegeu quatro dos 21 vereadores e agora periga se manter apenas com um.

Segundo repassado à coluna àquela época, teriam os nobres cometido crimes políticos eleitorais. Juary Miranda foi condenado pela Quarta Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJ-MT) por ato de improbidade administrativa, por contratar um contador e a locação de veículo pela Câmara Municipal do município sem licitação. O ato ilegal ocorreu na década de 90 em que ele comandou o legislativo.

O ex-presidente contratou, sem licitação, o contador A.M.A., pelo prazo de dois anos, pelo valor de R$ 41.600, e R.C.S. e M.M.A. para a locação de veículos - ambas as empresas receberam R$ 900 mensais para atender a Secretaria e a vice-presidência da Casa de Leis. Com a condenação em segunda instância, o Ministério Público Eleitoral deve impedir a diplomação.

Os demais acabaram, segundo denúncias, esbarrando na prestação de contas. Vilmar Pimentel teve as contas de campanha eleitoral reprovadas pela Justiça Eleitoral por ter realizado despesas com combustível sem correspondente registro de gastos com locação e cessão de veículos. O vereador eleito foi notificado para apresentar defesa, porém, os documentos e argumentos apresentados no processo não foram suficientes para sanar as irregularidades.

O Ministério Público Eleitoral emitiu parecer pela reprovação das contas de campanha de Vilmar Pimentel. Na última quinta-feira (24.11), o juiz Wanderlei José dos Reis, titular da 46ª Zona Eleitoral de Rondonópolis, acatou parecer do MPE, e reprovou as contas de campanha do vereador eleito. Vilmar Pimentel foi eleito vereador para ocupar uma das 21 cadeiras da Câmara Municipal de Rondonópolis, após obter 1.284 votos.

Já no caso do vereador eleito Orestes Miraglia, que obteve 1.128 votos, de acordo com o advogado Paulo César, o Ministério Público Eleitoral abriu uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) para apurar suposto caixa de dois de campanha.

A representação é referente uma nota fiscal de R$ 500,00 em nome da empresa S.H Magalhaes - Me, cujo nome fantasia é "Rondoletras", de gastos em propaganda e publicidade. A nota foi emitida em 08 de outubro, ou seja, seis dias após a realização das eleições deste ano realizado em 02 de outubro.