OPERAÇÃO TAPIRAGUAIA

Valtenir nega participação em esquema de propina e diz confiar na Justiça

O ex-parlamentar foi alvo de uma operação da PF que investiga o desvio de recursos federais, em MT.

por Cuiabá, MT - Daffiny Delgado

22 de Agosto de 2019, 09h13

Valtenir nega participação em esquema de propina e diz confiar na Justiça
Valtenir nega participação em esquema de propina e diz confiar na Justiça

O ex-deputado federal e atualmente suplente, Valtenir Pereira (MDB) que está sendo apontado como o líder de um esquema criminoso que desviou recursos federais, afirma inocência e que esclarecerá o caso junto ao Poder Judiciário.

A declaração por meio de nota, foi publicada em sua página nas redes sociais na manhã desta quinta-feira (22), após sua residência ter sido alvo de um mandado de busca e apreensão, durante a Operação Tapiraguaia deflagrada pela Polícia Federal, em Mato Grosso.

Na publicação, ele afirmou estar surpreso com o cumprimento do mandado realizado no “dia do aniversário da minha filha”, diz ele no texto.

Valtenir ainda enfatizou que está tranquilo com as investigações e que confia na Justiça.

“Estou absolutamente tranquilo porque não fiz nada de errado. A relação que tenho com as prefeituras em questão é institucional. Tudo será devidamente esclarecido na instância adequada. Estou à disposição das autoridades e confio na Justiça", finalizou em texto.

Tapiraguaia

As investigações começaram em janeiro deste ano, com a deflagração da primeira fase da operação.

O material colhido apontou que o ex-deputado (hoje suplente) no período entre 2014 a 2016, teria montado um esquema criminoso em conluio com empresários e prefeitos de Confresa e Serra Nova Dourada, de onde foram desviados cerca de R$ 601 mil em recursos federais para pagamento de propinas.

As investigações mostram que o então deputado teria viabilizado a realização de convênios entre o Ministério da Integração Nacional – Secretaria Nacional da Defesa Civil e as prefeituras, amparando-se na justificativa de construção de pontes de concreto emergenciais, devido às enchentes provocadas pelas chuvas.

Os prefeitos, beneficiados com os recursos federais, realizavam licitações repletas de irregularidades, combinando previamente com os empresários contratados para a execução das obras. Os políticos exigiam propinas a essas pessoas, na medida em que fossem realizados os pagamentos.

Segundo a PF, as propinas pagas eram repassadas aos prefeitos, ao ex-deputado, por meio de contas de terceiros e como pagamento de boletos dos políticos.