Outro lado

Diretora da Escola Pindorama diz que falta apoio para agilizar solução de problemas

Maria Kelly de Souza, diretora interina, explicou que encaminhou reivindicações à Seduc e também à Polícia Militar

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23 de Outubro de 2014, 12h09

Diretora da Escola Pindorama diz que falta apoio para agilizar solução de problemas
Diretora da Escola Pindorama diz que falta apoio para agilizar solução de problemas

Estudantes cobram mais segurança e estrutura na Escola PindoramaA diretora interina da Escola Estadual Pindorama, Maria Kelly Benevides de Souza, e a professora Gildete Machado Custódio conversaram com a reportagem do site Gazeta MT sobre os protestos realizados pelos alunos. Elas admitiram que há muitos problemas, mas consideram que a solução depende de fatores externos à escola.

"Estamos tentando resolver, mas temos uma autonomia limitada. Infelizmente a Educação no nosso País é isso, jogam todos nós no abandono. Muitas vezes os alunos não compreendem, acham que é uma coisa que simples e que depende só da gente. Mas não é assim", diz a professora Gildete.

Maria Kelly é coordenadora da escola e também acumula a direção, substituindo uma colega que se licenciou para tratamento psiquiátrico. Ela garante que foram tomadas todas as medidas visando resolver os problemas apontados pelos alunos, mas a direção esbarrou na burocracia do Governo do Estado.

Conforme a diretora, a Escola chegou a pensar em fazer promoções visando arrecadar dinheiro para providenciar as mudanças na rede de energia e também a montagem dos laboratórios. Porém, isso foi proibido pela Secretaria Estadual de Educação (Seduc) - que alegou questões contratuais previstas na aquisição dos materiais.

"Só agora conseguimos autorização da Seduc e vamos fazer um mutirão dos professores para montar mais um laboratório. O trabalho deve começar no primeiro final de semana após o período eleitoral", afirmou.

A diretora adiantou, no entanto, que não será possível cumprir os projetos iniciais dos quatro laboratórios. Por isso, a ideia é reunir os materiais disponíveis para implantar um laboratório que vai preparar os alunos para a montagem e manutenção de computadores.

Em relação a mudança na rede de energia, necessária para por em funcionamento os aparelhos de ar condicionado, a explicação é que a Seduc já teria providenciado a implantação de um novo transformador e contratado uma empresa para fazer o novo cabeamento. "Um técnico até já veio à escola para fazer a análise prévia antes do início do trabalho. Esperamos que isso seja resolvido ainda neste ano", disse Maria Kelly.

Segurança
A diretora da escola também falou com a reportagem sobre a falta de segurança. Vários alunos já foram assaltados e nesta semana uma professora teve o veículo apedrejado por um marginal. Maria Kelly considerou a situação grave e disse que já pediu o apoio da Polícia Militar.

"O pessoal da polícia disse que não há registros de ocorrências aqui e pediu que todas as pessoas que sejam vítimas de assalto fazem o registro da queixa. Estamos passando essa informação para a comunidade escolar e, a partir disso, contamos com um reforço nas rondas policiais no entorno da escola".

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