Podia ser na Europa, mas não. O caso ocorreu mesmo em cá terras tupiniquins, mais precisamente em Blumenau (SC). Três vereadores recém eleitos resolveram repensar o modo de fazer política e deram um exemplo de como verdadeiramente se deve conduzir a gestão pública.

Abriram mão de regalias costumeiramente cedidas a parlamentares ocupantes de cadeira no Legislativo, garantindo não atrapalhar a qualidade do serviço prestado enquanto atuantes na Casa. Bruno Cunha (PSB), Ricardo Alba (PP) e Gilson de Souza (PSD) se comprometeram a usar um terço a verba de gabinete, que é de R$ 3 mil por mês, dispensaram o celular funcional e o carro da Câmara. Ao invés disso, protocolaram uma indicação para a Mesa Diretora pedindo para receberem passe livre de ônibus.

A inspiração, não fugindo muito do início deste texto, veio de Londres. Por lá, nem mesmo prefeito tem direito a carro pago com o dinheiro do povo. Realidade bem diferente desta nossa. Ao menos na cidade catarinense, estima-se uma economia, por vereador, de R$ 3 mil com carro, R$ 700 com celular funcional e R$2mil com verba de gabinete a cada mês.

Ao todo, 15 vereadores seguem no Legislativo de Blumenau. No mais, faça as contas, caro leitor, para saber os valores mensais economizados se cada um aderisse à moda.

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Deixemos a realidade europeia da cidade catarinense e foquemos nesta nossa genuína verde e amarela/mato-grossense. Rondonopolitana, para melhor dizer.

Comparativo breve: aqui são 21 os vereadores. Aqui, cada um recebe o equivalente a R$10mil/mês somados ao salário pago em folha. Aqui, apenas um mostrou interesse em conduzir o mandato sem depender do montante e já é considerado "maluco" por maioria dentro da própria Casa. Periga o nobre cair no boicote dos colegas parlamentares só para aprender a não dar "mau exemplo".

Mania de europeu por aqui? Impossível. O "jeitão" é outro...