PAZ NO RIO DE JANEIRO
Governador do RJ diz que a cidade está tão segura quanto Paris e Nova York
Witzel afirmou que atualmente o índice é de 16 mortes por 100 mil habitantes, mas esse número já chegou a 35
15 de Novembro de 2019, 18h00
O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, disse que os índices de criminalidade no estado caíram e que hoje a cidade do Rio é tão segura quanto Paris, Nova York e Madri.
Segundo o governador, os índices apontam uma queda no número de mortes na capital. Witzel afirmou que atualmente o índice é de 16 mortes por 100 mil habitantes, mas esse número já chegou a 35. De acordo com o governador, o Rio é a segunda capital mais segura do Brasil.
As declarações do governador aconteceram durante o lançamento do Segurança Presente em Caxias, na Baixada Fluminense, na manhã desta quinta-feira (14).
Ainda de acordo com Witzel, as áreas turísticas no Rio não sofrem tanto com a criminalidade.
Dados discrepantes
De acordo com o levantamento do monitor da violência do G1, no ano passado o Estado do RJ registrou 28,76 mortes violentas para cada 100 mil habitantes.
Já a cidade de Nova York, segundo a polícia local, registrou no período 3,31 homicídios para cada 100 mil habitantes.
Em Paris, a taxa é ainda menor, que ano passado registrou 1,4 homicídios por cada 100 mil habitantes.
Sobre a entrada de armas e drogas pelas fronteiras do país, o governador fez um apelo ao governo federal e pediu união de forças para ajudar no combate à criminalidade.
"Não é hora de ficar colocando a culpa em A, B, C ou D. É hora de união, é hora de a Polícia Federal ser recomposta, é hora de a Polícia Federal trabalhar em parceria com a Polícia Civil do Rio de Janeiro. Nós, temos, hoje, o maior departamento de lavagem de dinheiro e a Delegacia de Combate ao Tráfico de Armas, que é a Desarme, mas as armas não entram apenas pelas rodovias estaduais, pela Baía de Guanabara. Entram pelas fronteiras brasileiras e pelos portos brasileiros", garantiu.
Mortes violentas no Rio
Em menos de 24 horas, uma criança de 5 anos e um gari foram mortos após serem atingidos por balas perdidas na cidade.
Witzel disse que a entrada de armas e drogas alimenta o que chamou de "guerra insana que existe nos estados" e que impedir a entrada de drogas e armas no país é responsabilidade do governo federal.
"É preciso que o governo federal tenha uma visão estratégica e não continue sucateando a Polícia Federal e a Polícia Rodoviária Federal."
O ministro da Justiça, Sergio Moro, rebateu as declarações do governador, também por uma rede social.