PEGOU MAL
Convidada para coletiva, imprensa tomou chá de cadeira de Taques
27 de Novembro de 2017, 15h03
Durante sua passagem por Rondonópolis, na última semana, o governador do Estado Pedro Taques, como o de costume, teve a companhia sempre presente da imprensa local. Presente também, mais uma vez, foi o deslize protocolar do gestor estadual.
Convidada para a coletiva de imprensa marcada para as 15h30 na Prefeitura, na sexta-feira, 24, jornalistas dos diversos veículos de comunicação da cidade se deslocaram para ouvir e registrar os esclarecimentos de Taques a respeito da saúde no município.
Assunto de interesse público, anseio da sociedade em saber quais as providências públicas em relação ao fechamento da UTI pediátrica da Santa Casa de Rondonópolis. A postos para ouvir o governador, a imprensa tomou chá de cadeira.
Os profissionais que ali estavam aguardaram até por volta das 17h30, quando da sala onde ocorria uma reunião fechada (entre o governador, o prefeito José Carlos do Pátio -SD e diretoria do hospital) sai seu porta-voz. Secretário de Comunicação do Estado, o jornalista Kléber Lima, visivelmente constrangido, informou que o governador enrolaria por mais algumas horas.
Segundo Lima, o governador só poderia atender a imprensa após resolvido internamente o impasse por parte da diretoria da Santa Casa, que ainda analisava a proposta do governo do Estado. Concluída esta etapa, a agenda se estenderia a visitas ao Hospital Regional e, por fim, retorno à Prefeitura. Taques só atendeu a imprensa no final da tarde, já início de noite, graças a muita insistência.
Àquela altura, boa parte da imprensa acabou indo embora, já desesperançosa quanto à declaração do governador sobre o assunto. O problema maior é que cada profissional presente fora convidado para ali estar. Todos convocados para uma coletiva de imprensa pelas próprias assessorias estadual e municipal, no horário determinado pelos mesmos.
A nós, profissionais de imprensa, cabe compreender o peso de uma autoridade como um governador de Estado, respeitar os espaços e saber se colocar ante qualquer situação de interesse público. Esperar o quanto for, tendo em vista a importância do entrevistado e do assunto em questão. Cabe aos gestores, entretanto, mais consideração com cada profissional. Em especial, o governador Pedro Taques, tal postura não foi caso isolado. Por vezes, não trata como deveria a imprensa que tanto lhe dá voz.
Passadas as horas, a assessoria de imprensa do Palácio Paiaguás enviou nota.