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Medeiros defende eleições diretas e que investigados não sejam candidatos

"Como vamos eleger um presidente envolvido na Lava Jato, por exemplo" comentou

por GazetaMT

18 de Maio de 2017, 17h04

Medeiros defende eleições diretas e que investigados não sejam candidatos
Medeiros defende eleições diretas e que investigados não sejam candidatos

O senador José Medeiros (PSD-MT) defendeu nesta quinta-feira (18) que a Proposta de Emenda à Constituição – PEC para uma eleição presidencial direta, onde o povo iria às urnas, é a principal saída para o Brasil, após o surgimento de áudios comprometedores entre um dos sócios do frigorífico JBS e o presidente da República, Michel Temer (PMDB). Medeiros ponderou, porém, que fará uma emenda para que investigados em processos criminais sejam impedidos de participar do pleito.

O parlamentar afirmou que vai solicitar uma reunião com os senadores para discutir os termos da PEC, visando o benefício maior da nação brasileira, neste momento de crise política. “Infelizmente tem gente tentando se aproveitar da crise política que passamos para tentar cimentar uma volta forçada ao poder. De uma vez por todas está na hora de pensarmos no melhor para o Brasil e isso virá com uma eleição democrática, direta, onde tenhamos nomes sem manchas para tocar um novo momento para o país. Tenho certeza que contarei com o apoio de muitos parlamentares”, frisou o senador.

Entre os parlamentares já contatados por Medeiros para um debate acerca do melhor caminho legislativo para as eleições diretas estão os senadores Cristóvão Buarque (PPS/DF), Ana Amélia (PP/RS), José Reguffe (Sem Partido), Álvaro Dias (PV/PR), Magno Malta (PR/ES), Lasier Martins (PSD/RS) e Simone Tebet (PMDB). “Já existe uma PEC do senador Reguffe tratando das eleições diretas em casos como o que vivemos agora e que já pode nos dar um norte. Vamos adequar o texto, preparar algumas emendas e levar a propositura para plenário. Importante fazermos algo que seja bem fundamentado e que dê celeridade com segurança jurídica e política a esse processo no âmbito do legislativo”, ressaltou.

Quanto à possibilidade da emenda impeditiva a investigados ferir alguma outra norma constitucional, o senador avalia que não se trata de uma condenação antecipada, mas de uma proteção jurídica ao Brasil quanto a seu futuro político. “Situações extremas requerem ações extremas. Como vamos eleger um presidente envolvido na Lava Jato, por exemplo, com pena de daqui a pouco o mesmo perder o cargo? Isso seria uma irresponsabilidade muito grande do ponto de vista estabilidade que esse país tanto precisa. Temos que edificar nosso futuro com base sólida. Chega de crise! O nosso povo não merece sofrer ainda mais com consequências desta instabilidade”, concluiu.