Quando câncer de próstata tem metástase no cérebro

por GazetaMT

17 de Novembro de 2017, 08h02

Quando câncer de próstata tem metástase no cérebro
Quando câncer de próstata tem metástase no cérebro

O mês de novembro foi escolhido para fazer um alerta aos homens sobre o câncer mais comum no sexo masculino, o câncer de próstata. Conforme dados do Instituto Nacional do Câncer só em 2016 a previsão foi de surgimento de mais 61.200 casos novos, cerca de 67,59% por 100 mil habitantes. Só em Mato Grosso a estimativa é que tenham surgidos 1.040 novos casos. Cerca de 2% a 4% dos pacientes com câncer de próstata terão metástases para cérebro ou medula espinhal. A metástase cerebral por adenocarcinoma de próstata ocorre por disseminação hematogênica (através do sangue) a distância, somente após comprometimento dos ossos e pulmões, sendo mais comum metástases em coluna vertebral do que no cérebro.

No caso específico da metástase cerebral no câncer de próstata ocorre por disseminação hematogênica a distância, somente após comprometimento dos ossos e pulmão, devido a isso se torna muito mais difícil de tratamento e cura.

 Sabemos que quando atinge o cérebro, o câncer de próstata se torna dificilmente incurável, mas com as tecnologias não significa que o paciente irá morrer em um curto espaço de tempo. A medicina proporciona hoje, uma melhoria do estado geral, controle da doença, aumento da sobrevida e o alívio do sofrimento.  

Por isso é importante uma vez por ano fazer exames de sangue como PSA que pode identificar a possibilidade de um tumor, pois quanto mais cedo se descobrir e iniciar o tratamento, maiores as chances de cura.

Vamos acabar com a cultura machista de que homem não precisa de médico. Precisa sim. Vale lembrar que quanto mais cedo é descoberto, mais aumentam sua chance de cura.

Dr. Roger Rotta é Neurocirurgião Oncologico, Membro titular da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia, Fellowship em Oncological Neurosurgery no MD Anderson Cancer Center em Houston - Tx, além de Coordenador da Residência em Neurocirurgia no HGU em Cuiabá, é pioneiro no implante do reservatório de Ommaya em Mato Grosso e ressecção de tumores cerebrais com paciente acordado.