Deu em tudo o que é jornal: o presidente da República Michel Temer -PMDB, reuniu, no último fim de semana, embaixadores e ministros em uma das mais badaladas churrascarias de Brasília -DF. A ideia do chefe era atestar a qualidade da carne tupiniquim, espantando ali mesmo, na frente dos presentes, os fantasmas despertados pela Polícia Federal -PF com a operação Carne Fraca. Ocorre que no estabelecimento, descobriu-se, não se vende corte nacional. A tal churrascaria é adepta única e exclusivamente a "boi importado".

Mais um papelão. E sem trocadilho. E para piorar, a ideia de conduzir presidente e agregados à churrascaria que não vende sequer um bife brasileiro (ali só se encontra corte europeu, uruguaio e australiano) partiu, há quem jure por a + b, de ninguém menos que Cidinho Santos -PP/MT. Isso mesmo, o senador mato-grossense que assumiu cadeira em suplência ao atual ministro da Agricultura Blairo Maggi -PP. Dá para imaginar o tamanho da bola nas costas?

Pensemos: senador que representa o Estado com o maior rebanho bovino do país, ocupou cadeira no Senado graças ao atual front do Mapa -órgão na mira da PF apagador do maior incêndio já registrado-, convencendo o presidente da República a dar mais esta bola fora... A cabeça chega a embaralhar nas ideias.

Ao final do jantar, a imagem brasileira ante os embaixadores não melhorou em nada. Ao contrário, ficou ainda mais queimada quando a imprensa vazou o vacilo do governo. Parabéns, senador Cidinho... Parabéns...

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EM TEMPO: O jantar saiu por míseros R$119 por cabeça. A conta, adivinhe, caro leitor, quem pagou? Isso mesmo: você.